Autor: Agnaldo Leite d... em 09/11/2008 - 08:48.
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* Opnião Messiânica
Semana 38
Semana 38
Dr. Agnaldo Leite Sacramento
O aborto é a interrupção da gravidez com ou sem a expulsão do germe, considerando que o mesmo pode ser conservado ou absorvido pelo organismo, em circunstâncias especiais de que trata a Medicina legal.
A formação de um ser humano é um mistério maravilhoso. O Salmo 139, de Davi, diz: “Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio da minha mãe... as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não Te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra”. Aqui tem-se a bela descrição do poeta maior de Israel, falando desde o embrião até a formação completa de um ser humano.
Especialmente pela lei brasileira, desde que haja morte do “produto”, do ponto de vista médico-legal, ocorreu o aborto. A posição conservadora é de que nenhum aborto é justificável como tal (salvo circunstâncias especiais), depois do feto se tornar viável, o que eqüivale dizer, depois do nascimento possível. “Tirar a vida de um feto viável sem justificação ética superior seria assassinato”. É conveniente lembrar que “desde a concepção o não nascido tem valor emergente à medida em que se desenvolve”. Sabe-se que o não nascido recebe a totalidade da sua potencialidade genética, RNA e DNA, na ocasião da concepção. Já no fim de quatro semanas um sistema cardiovascular incipiente começa a funcionar. Com oito semanas, a atividade elétrica do cérebro pode ser lida, e a maioria das formações dos órgãos essenciais está presente. E dentro de dez semanas, o feto é capaz de movimento espontâneo”. Conveniente lembrar: desde a concepção e no decorrer das oito primeiras semanas, o não nascido é chamado “um embrião” e, a partir daí, “um feto”.
Relata a revista “Chamada da Meia Noite” que Wolfang Kemp, correspondente da revista alemã “Bild am Sonntag”, entrevistou o ginecologista Dr. Bernard Nathanson em Nova York, autor do filme “O grito mudo”. Ele mesmo, que havia realizado cerca de cinco mil abortos, disse: “Meu filme é uma lição de horror. Quando vi o videocassete pronto, fiquei como que transformado e nunca mais quero fazer abortos”. O filme “O grito mudo” mostra como o bebê de onze semanas recua diante do instrumento utilizado para realizar o aborto. Ele esperneia a defender-se; ele abre a boca, como se quisesse gritar. “O embrião cerra os pequenos punhos. Ele tenta escapar; ele se movimenta de um lado para outro dentro do útero, mas não há forma de escapar. O minúsculo bebê é agarrado pelo instrumento, despedaçado e sugado. Isso é assassinato brutal”.
O aborto é considerado o delito mais vulgarizado nas sociedades modernas. Já em 1965, a 15ª Jornada de Obstetrícia e Ginecologia, reunida no Rio de Janeiro, afirmava haver cerca de um milhão e meio de abortos no Brasil, e isto somente nos hospitais e casas particulares, sem falar nas parteiras “faiseuses d’anges” (fazedoras de anjos). O cálculo seria, em 1965, dois milhões e meio de abortamentos anuais.
O assunto é complexo; todavia, há de se procurar a melhor solução. Há o chamado ABORTO TERAPÊUTICO, também chamado de “necessário”, quando se procura salvar a vida da gestante em circunstância especial. A decisão entre deixar a mãe morrer, uma vida real plenamente desenvolvida, ou sacrificar o bebê não nascido. 2) ABORTO EUGÊNICO, em circunstâncias claras, científicas, de que a vida será “sub-humana” e não simplesmente a possibilidade de uma criança deformada. Aqui, cabe pensar: Se Helena Keller, que nasceu cega, surda e muda, fosse avalida devidamente ainda no ventre da sua mãe, valeria a pena nascer? Pois bem, nasceu, tornou-se mais útil do que milhares e milhares de pessoas “perfeitas”. Caso semelhante seria Beethoven e muitos outros. 3) ABORTO ECONÔNICO. Há quem diz: “Um país que não pode manter os seus filhos não tem direito de exigir o seu nascimento”. O exemplo da Rússia diz tudo. A partir de 1920, fez-se a lei do “aborto econômico”. Somente em Moscou, abortavam mais de cem mulheres por dia. Em 1936, a lei foi revogada em face dos abusos e pelos efeitos negativos na saúde das gestantes.
4) ABORTO SENTIMENTAL ou provocado por estupro. Há quem queira, mesmo assim, justificar o não aborto em circunstâncias tão constrangedoras da mulher Ter concebido contra sua vontade, por um ato brutal e anormal.
Outras modalidades de aborto: “Não quero essa gravidez”. Por motivo egoísta, vaidade e outros, muitas crianças são rejeitadas. É melhor prevenir do que remediar, diz o ditado popular. A chamada “ética situacional” de Fletcher de que nenhum nêne desejado ou planejado não deve nascer é devastadora. Mesmo nascendo uma criança “acidental”, deve ser acolhida e amada e pode até vir a ser um benfeitor da humanidade.
A leviandade se alastra galopantemente e salve-se quem puder. A mulher pobre, “sem querer”, pega uma gravidez e se conforma reconhecendo que foi “Deus que quis”; a “madame” está de viagem marcada para excursionar pela Europa e vê-se alcançada por uma gravidez e “sem querer”. Interna-se numa clinica sofisticada e livra-se de mais uma criança; a “aventureira” conhece alguém, e sai para dar umas voltinhas e depois descobre que está grávida e procura o aborto. Assim é que, até algumas “Deputadas Constituintes” diziam: “Num Estado Democrático, a mulher tem livre disposição do seu corpo para fazer o que quiser”. Ora, não se pode confundir liberdade com libertinagem. A tese não é verdadeira, porque as mulheres e homens que assim pensam deveriam conscientizar-se de que eles também não têm direito de aniquilar uma vida em potencial. Ademais, há o interesse Público em proteger o menor; dai, o chamado “Direito do Nascituro”. E, se um filho adulto, que milagrosamente escapou de um “aborto criminoso”, souber que sua mãe fez tudo para destruí-lo?
Interessante notar que os “modernistas” favoráveis à legalização do aborto são também protetores da fauna, da ecologia etc, etc., mas não são defensores daqueles que têm “o grito mudo”.?
Não resta dúvida de que há área problemática na questão do aborto; mas alguma coisa precisa ser feita, como mais educação sexual nas escolas, nas igrejas e comunidades outras. Conscientização de valorização da vida mesmo ainda no ventre materno.
Hoje, mais do que nunca, há muitos movimentos em “benefício da mulher” e ênfase em liberação de tudo! Todavia, conscientizando muita coisa que há por aí, ao final, a própria mulher é a mais prejudicada, haja vista que nenhum homem “progressista”, “liberalizante” passou ou passará pela experiência torturante de praticar um aborto, ocultando-o dos pais, familiares ou da sociedade e trazendo ainda inevitáveis problemas de saúde.
Uma outra leviandade corrente é quando um “homem-progressista-liberalizante” diz à jovem: “Eu te amo”; “vamos fazer amor” (conjunção carnal). Pega a primeira vítima incauta e vai partindo para outras em nome do amor”. A luz da língua grega, trata-se do amor “Eros”, sexual, despido do amor “ágape”, amor verdadeiro que espera o momento exato de um relacionamento mais profundo. É nesta base que o maior índice de ilegalidade de abortos no Brasil e no mundo vai crescendo.
Organização de Combate ao Aborto em Israel:
http://www.beadchaim.com
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