quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

CESAREI DE FELIPE - BENAIAS









Autor: Diretor do Cafetorah em 16/02/2008 - 07:53.
em

* História de Israel
* Locais Bíblicos

Banias- Cesareia de Felipe no norte de Israel.
Banias- Cesareia de Felipe no norte de Israel.

Banias (Arabe pronuncia de Panias) é um sítio arqueológico e uma cidade localizada aos pés do Monte Hermon em Israel Israel, nas Colinas de Golan. A cidade está localizada a cerca de 150 km ao norte de Jerusalem e c. 60 km a sudoeste de Damasco. A cidade também é chamada de Cesareia de Filipe pelo Romanos.

A cidade está localizada junto as Fontes de Banias, uma das nascentes do Rio Jordão.

History

[Entrada de Cesareia de Felipe - Banias - Israel]

Banias é uma cidade fonte conhecida como Fanium or Panias, seguindo a Pan, o Deus Grego dos pastores. No passado esta foi uma grande fonte oriúnda de uma caverna na pedra calcária, que é abastecida pelo ribeiro conhecido como Nahal Senir. O Rio Jordão se abastece desta fonte e de mais outras duas que nascem nas bases do Monte Hermon. O nível da fonte está bem baixo nos dias de hoje e isto deve ser devido a desflorestação que ocorreu no Monte Hermon ou por causa dos constantes movimentos das camadas geológicas na região. isto devido aos constantes terremotos. A água não mais brota da caverna como então, mas sim dai por debaixo de sua rocha.

Banias teve o seu primeiro perído durante o Helenismo. A Pitolomeu,no terceiro século AC. , constuindo aqui uma local para culto ao sul de Dã.

[Ruinas de Cesareia de Felipe - Banias - Israel]

Este local não aparece na história do Velho Testamento, mas é identificado como Baal-Gad e provavelmente como Laish (Tel Dan)
como é indicado. Este local era certamente uma grande local de culto a
vários deuses, mas o local foi preparado originalmente para a adoração
ao deus Pan, principalmente a caverna que alimentava com suas águas o
Rio Jordão.

[Fortificação Síria em Cesareia de Felipe - Banias - Israel]

A cidade de Paneas foi inicialmente mencionada pelo historiador romano Polivius a cidade dos banhos 200 AC entre a Ptolemeu] e o Sirio (Seleucides) Grego, liderados por Antioco III.
Os (Seleucides) Gregos capturaram Banias e construíram um templo pagão dedicado a Pan, um deus co os pés de um bode que conduz rebanhos tocando flauta.

Flávio Jodefo menciona que o imperador romano Augusto deu Paneaa
para o Rei Herodes, filho de Felipe, que governou a área, expandindo-a
e chamando-a de Cesareia de Felipe (Não confundir com Cesareia Marítima na Costa do Mediterrâneo). EM 61 AD o Rei Agripa II renominou o local de Neronias em homenagem ao imperador romano Nero, mas este nome somente resistiu até o ano de 68 AD.

[Entrada da Caverna da Fonte em Cesareia de Felipe - Banias - Israel]

Em 20 AC, a região do Banias foi anexada ao império de Herodes o Grande. Ele ergueu ali um templo em homenagem ao seu partono. No ano de 2 BC, Herodes Felipe II fundou a cidade pagã e a chamou de Cesareia de Felipe (em homenagem a Augusto Cesar). No passado esta também foi a capital de um extenso reino que incluia o Golan e o Hauran.
Fonte contemporâneas afirmam ser esta cidade Cesareia Panias no Novo
Testamento, Cesareia de Felipe (Mateus. 16:13) e nela Felipe havia sido
criticado por suas práticas pagãs. Neste local se encontrava uma moeda
com seu rosto o que também era considerado uma prática pagã.

Durante a revolta judaica entre 66-70 AD, os romanos capturaram os
judeua de panias. Em 70 AD, após a revolta ter sido reprimida, foram
realizados jogos em comemoração da vitoria de Tito, e muitos dos judeus capturados foram mortos, mas a comunidade judaica alí conseguiu sobreviver.

[Placa na entrada de Cesareia de Felipe - Banias - Israel]

Banyas foi mencionado no Talmude como um lugar habitado por distintos e judeus instruídos.

No Século I o Banias foi o centro de adoração no Reino de Jerusalem dentro do Reino dos Vassalos de Jerusalem, até que foi capturada por Din de Nur em 1164 .

Em 1920, fontes do Banias criou um conflito que foi decidido por um comite internacional entre o Mandato Britânico e o Mandato Francês; a França prevaleceu mas a região continuou a ser disputada entre o Líbano e a Síria.

[Cachoeira de Saar no Riacho de Senir em Cesareia de Felipe - Banias - Israel]

Nos anos de 1960, a Síria fez um plano de obstruir as fonte da
região para irrigar suas terras então sobre as colina do Golan até o Rio Yarmuk.
Se este plano viesse adiante, Israel teria suas fontes de águas
prejudicadas o que causaria grandes danos as lavoras, porisso houveram
uma séria de retalhações que deram orígem a um conflito regional.

[Reprodução de Cesareia de Felipe - Banias - Israel]

Em 10 de Junho de 1967, no último dia da Guerra dos Seis Dias,
a Birgada Golani de Israel consegui reprimir os sírios e conquistar a
região. Este ato garantiu a Israel o abastecimento de água na região e
garantiu a sobrevivência da agricultura no Vale de Hula, no norte de Israel.

ESTRELA DE DAVI - ESCUDO DE DAVI

Autor: Diretor do Cafetorah em 13/09/2008 - 11:13.
em

* História de Israel

Estrela de Davi
Estrela de Davi

A Estrela de Davi ou Escudo de Davi é um dos símbolos mais modernos da simbologia Judaica. Estes símbolo já era utilizado sem nenhuma relação religiosa por cristãos, pagãos e judeus em decoração de túmulos, igrejas, sinagogas e muitas outras expressões de artes em objetos arquitetônicos.

A Estrela de Davi Emergiu na cultura judaica somente no final da éra medieval, no final do século 18 sob a influência da simbologia mística na KABALAH, a bruxaria ou melhor misticísmo judaico, mas somente foi incorporado a simbologia judaica religiosa em meados do final do século XIX.

Inicialmente, em primeiro lugar, pelos milhares de anos, somente o candelábro éra considerado um símbolo judaico que representava sua religiosidade e fé judaica. Mas a estrela de Davi começou a ser utilizada nos movimentos judaicos seculares(assimilados) como um símbolo de separação da etnia em relação a religiosidade.

De fato, em vista da necessidade dos movimentos sionistas procurarem uma nova expressão simbólica para suas aspirações nacionalistas, este símbolo foi sendo adotado gradualmente como um símbolo judaico, mais não um símbolo religioso, seu sentido religioso passou a ser incorporado posteriormente com a fundação do Estado de Israel.

Bem como a Menorah, ou seja o candelábro de sete braços que foi utiliado pelos romanos para representar a imposição da humilhação e da derrota judaica, vindo mais tarde a se tornar um símbolo da redenção do Estado de Israel agora renascido das cinzas como a Fénix.

Da mesma forma, a Estrela de Davi que foi utilizada por Hitler como simbolo de humilhação e do extermínio em massa de judeus, agora, com a independência do novo estado de Israel passa a ser o principal símbolo deste estado sobre a sua bandeira.

Estrela de Davi da Wikipedia

Estrela de David – conhecida também como Escudo supremo de David – é uma expressão que vem do hebraico (ou hebreu) מגן דוד, “Magen David”, referindo-se a um símbolo em forma de estrela formada por dois triângulos mágicos sobrepostos, iguais, tendo um a ponta para cima e outro para baixo. Outro nome dado a este símbolo é "Selo de Salomão".

A palavra magen significa escudo, broquel, defesa, governante, homem armado, escamas. O substantivo magen, refere-se a um objeto que proporciona cobertura e proteção ao corpo durante um combate.

Índice
1 Passagens bíblicas
2 Origem do símbolo
3 As diferentes influências no símbolo
4 Usos do símbolo
5 Referências
6 Ligações externas

Passagens bíblicas

DEPOIS destas coisas veio a palavra do SENHOR a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Gen 15:1
Casa de Arão, confia no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo. Sl 115:10
Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é como tu? Um povo salvo pelo SENHOR, o escudo do teu socorro, e a espada da tua majestade; por isso os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás sobre as suas alturas. Dt 33:29
Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, Pv 2:7
Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Pv 30:5

Origem do símbolo

O nome do rei Davi escrito em letras hebraicas.De acordo com a tradição judaica, este símbolo era desenhado ou encravado sobre os escudos dos guerreiros do exercito do rei Davi. Esta tradição teve origem no fato de o nome hebraico para David (pronunciado David) ser escrito originalmente por três letras do alfabeto hebraico - Dalet, Vav e Dalet. Estes duas letras Dalet tinham uma forma triangular no alfabeto hebraico usado até então, uma variação do alfabeto fenício, conhecido como proto-hebraico. Estas duas letras então eram encravadas nos escudos dos soldados uma sobreposta a outra, formando uma espécie de estrela. Apesar de ser uma explicação plausível, carece de provas históricas ou arqueológicas para prová-la.

A forma atual do Escudo de David já aparecia em diversas culturas do Extremo Oriente há milhares de anos, só nas últimas centenas de anos que mudou-se para um símbolo puramente judaico. Este símbolo apareceu primeiramente ligado aos judeus já na Era do Bronze - no século IV a.C - num selo judaico achado na cidade de Sidon. Ele também aparece em muitas sinagogas antigas na terra de Israel datadas da época do Segundo Templo e até mesmo em algumas depois de sua destruição pelos romanos. Não lhe era dado, ao menos aparentemente, um significado tão especial ou místico, mas ornamental, assim como muitas Estrelas de Davi foram achadas ao lado de “Escudos de Salomão” (estrelas de cinco pontas ou pentagramas) e, curiosamente, ao lado de suásticas. Um exemplo é o friso da sinagoga de Cafarnaum (século II ou III da era comum) e uma lápide (ano 300 da era comum), encontrada no sul da Itália. Apesar disso, a Estrela de Davi não aparece entre os símbolos judaicos mais importantes do período helenístico.

Pentagrama, estrela de cinco pontas, em uma antiga sinagoga.O testemunho mais antigo deste emblema na literatura judaica é mostrado no livro do sábio caraíta Yehudah ben Eliahu Hadasi, que viveu no século 12, em seu livro “Eshkol Hakofer”. No capítulo 242, ele expõe costumes de pessoas do povo que aos poucos foram mudando o símbolo do Escudo de Davi de um simples selo para um tipo de signo místico ou amuleto: “e os sete anjos na Mezuzá foram escritos - Miguel e Gabriel [...] o Eterno irá guardar-te e este símbolo chamado Escudo de Davi é escrito em todos os anjos e no final da Mezuzá...”. Assim sendo, já naquela época, este símbolo tinha um caráter místico, sendo freqüentemente gravado como uma forma de amuleto, protetor.

Mezuzá judaica ornamentada com um Escudo de Davi.A identificação efetiva da Estrela de Davi com o Judaísmo começou na Idade Média. Em 1354, rei Karel IV concedeu o privilégio a comunidade judaica de Praga de ter sua própria bandeira. Os judeus confeccionaram, num fundo vermelho, um hexagrama, a Estrela de Davi, em ouro. Documentos referem-se a este símbolo como sendo a “bandeira do rei Davi“. Em Praga, a estrela de seis pontas – sempre chamada de “Maguen David” – passou a ser usada tanto em sinagogas, como no selo oficial da comunidade e em livros impressos. No século XIX, difundiu-se o símbolo da Estrela de Davi também nos carimbos de judeus e sobre cortinas das Arcas Santas das sinagogas.

Junto com parte dos judeus devotos, expandiu a alegação de que a origem do símbolo da Estrela de Davi estava nas diretamente ligado as flores que adornavam a Menorá - candelabro de sete braços que fazia parte dos objetos do Templo em Jerusalém – feitas numa forma de relevo de lírios de seis pétalas, que faziam uma silhueta parecida com a forma da Estrela de Davi. Entre os que crêem nesta suposta origem do famoso símbolo, há uma interpretação que a Estrela de Davi foi feita diretamente pelas mãos do próprio Deus de Israel.

As diferentes influências no símbolo

Existem intérpretes que argumentam que o lírio branco que é composto por seis pétalas num estilo parecido com a Estrela de Davi. De fato, esta é a flor que é identificada com o povo de Israel no livro bíblico de Cântico dos Cânticos.

Há pensadores que viram no conceito de “Estrela de Davi” e nos dois triângulos que a compõe uma ligação ou conexão com o elemento macho (o triângulo com a ponta voltada para cima, constituindo o símbolo masculino) com o elemento fêmea (o triângulo voltado para baixo, constituindo a forma de um receptáculo). Há os que viram neste símbolo a relação entre o elemento celestial que aspirado para a terra seu poder (o triângulo com a ponta para baixo), contra o elemento terrestre que aspira para o céu sua influência (o triângulo que aponta para cima). Outros pensadores argumentaram que a Estrela de Davi constituída por seis pontas representaria o domínio celestial sobre os quatro ventos, sobre o que está em cima e sobre o que está em baixo na terra.

De acordo com a Cabala (livro de mística judaica), a Estrela de Davi insinua a representação das sete emanações divinas (sefirot) inferiores. Cada triângulo dos seis triângulos que formam os lados da estrela representariam uma emanação e o centro dos triângulos maiores sobrepostos da Estrela de Davi representariam a emanação denominada Malchut. O filósofo Franz Rosenzweig deu uma outra interpretação muito peculiar à Estrela de Davi, quando afirmou que um dos triângulos constituintes do símbolo seria a representação da base de focos que caracterizam o pensamento do mundo – Deus, o homem e o mundo. Obviamente, havia filósofos que não criam na existência de Deus, de um mundo físico ou de uma humanidade separada do mundo real, mas ainda estes focos constituíam, na sua opinião, a base da filosofia de sua geração. O outro triângulo representaria, na sua cogitação, a posição do Judaísmo nestes assuntos. Num nível bem básico, o Judaísmo se ocuparia na reflexão sobre as relações que existem entre estes fatores, no tocante os três fundamentos principais do Judaísmo, na opinião de Rosenzweig: a Criação (a relação entre Deus e o mundo), a revelação (a relação entre Deus e o homem) e a redenção (a relação entre o homem e o mundo). Os Cristianismo utilizam o símbolo como sinal de respeito à Israel, sendo esse o lugar onde eles acreditam que Jesus voltará.

Usos do símbolo

Os nazistas contribuíram na identificação dos judeus com a Estrela de Davi. Durante a Alemanha nazista, os judeus que estavam aprisionados em campos de concentração possuiam a "estrela dos judeus" costurada em sua camisa. Dentro da estrela de Davi, ficava escrita a palavra "Jude", que em alemão significa "Judeu". O símbolo era usado para facilitar a identificação dos Judeus.

Estrela de Davi amarela usada pelos nazistasDepois do estabelecimento do Estado de Israel, quando não foi aceita a proposta de Herzl no tocante de uma bandeira com sete estrelas e outra idéia de uma com sete Escudos de Davi, o Conselho do Estado Provisório aceitou a decisão do comitê de uma outra proposta de um símbolo e de uma bandeira, confirmados em 28 de outubro de 1948. E assim mudou a estrela de Davi de um simples símbolo judaico ornamental para o nível de símbolo supremo do recém estabelecido Estado judeu, sendo parte central da bandeira da nação, tendo por cima e por baixo dela duas faixas azul-celestes. Porém, os cidadãos árabes do novo Estado argumentaram que não se identificavam com uma bandeira que era composta unicamente por símbolos judaicos – a Estrela de Davi e uma representação, por meio das duas faixas azuis, do xale de orações judaico (chamado em hebraico de Talit). Os participantes do grupo Naturê Karta também pararam de usar a Estrela de Davi depois deste evento, argumentando que este era um símbolo que representava um Estado sionista.

Semelhante como são representadas organizações como a Cruz Vermelha e a Crescente Vermelha, usando símbolos de destaque de suas nações, a organização israelita de ajuda humanitária e médica, denominada Escudo de Davi Vermelho (ou Maguen David Vermelho), é representada – como o próprio nome já diz - por uma estrela de Davi vermelha como símbolo oficial. Esta organização de pronto-socorro médico, porém, não alcançou ainda um reconhecimento oficial internacional como as suas correspondentes nos países cristãos ou muçulmanos.

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Comentários
Seria a mesma estrela?
Autor: celso grecov 13/09/2008 - 16:31.

e acaso não levantaste o tabernáculo de Moloque e a estrela de Renfã, figuras que fizeste para as adorar? Por isso vos desterrarei para além da Babilônia. Atos 7:43
Sim, levaste Sicute, vosso rei, Quium, vossa imagem, e o vosso deus estrela, que fizeste para vós mesmos.
Por isso vos desterrarei, para além de Damasco, diz o Senhor, cujo o nome é o Deus dos Exércitos. Amós 5:26-27

O ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES



Autor: Agnaldo Leite d... em 09/11/2008 - 08:48.
em

* Opnião Messiânica

Semana 38
Semana 38

Dr. Agnaldo Leite Sacramento

O aborto é a interrupção da gravidez com ou sem a expulsão do germe, considerando que o mesmo pode ser conservado ou absorvido pelo organismo, em circunstâncias especiais de que trata a Medicina legal.

A formação de um ser humano é um mistério maravilhoso. O Salmo 139, de Davi, diz: “Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio da minha mãe... as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não Te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra”. Aqui tem-se a bela descrição do poeta maior de Israel, falando desde o embrião até a formação completa de um ser humano.

Especialmente pela lei brasileira, desde que haja morte do “produto”, do ponto de vista médico-legal, ocorreu o aborto. A posição conservadora é de que nenhum aborto é justificável como tal (salvo circunstâncias especiais), depois do feto se tornar viável, o que eqüivale dizer, depois do nascimento possível. “Tirar a vida de um feto viável sem justificação ética superior seria assassinato”. É conveniente lembrar que “desde a concepção o não nascido tem valor emergente à medida em que se desenvolve”. Sabe-se que o não nascido recebe a totalidade da sua potencialidade genética, RNA e DNA, na ocasião da concepção. Já no fim de quatro semanas um sistema cardiovascular incipiente começa a funcionar. Com oito semanas, a atividade elétrica do cérebro pode ser lida, e a maioria das formações dos órgãos essenciais está presente. E dentro de dez semanas, o feto é capaz de movimento espontâneo”. Conveniente lembrar: desde a concepção e no decorrer das oito primeiras semanas, o não nascido é chamado “um embrião” e, a partir daí, “um feto”.

Relata a revista “Chamada da Meia Noite” que Wolfang Kemp, correspondente da revista alemã “Bild am Sonntag”, entrevistou o ginecologista Dr. Bernard Nathanson em Nova York, autor do filme “O grito mudo”. Ele mesmo, que havia realizado cerca de cinco mil abortos, disse: “Meu filme é uma lição de horror. Quando vi o videocassete pronto, fiquei como que transformado e nunca mais quero fazer abortos”. O filme “O grito mudo” mostra como o bebê de onze semanas recua diante do instrumento utilizado para realizar o aborto. Ele esperneia a defender-se; ele abre a boca, como se quisesse gritar. “O embrião cerra os pequenos punhos. Ele tenta escapar; ele se movimenta de um lado para outro dentro do útero, mas não há forma de escapar. O minúsculo bebê é agarrado pelo instrumento, despedaçado e sugado. Isso é assassinato brutal”.

O aborto é considerado o delito mais vulgarizado nas sociedades modernas. Já em 1965, a 15ª Jornada de Obstetrícia e Ginecologia, reunida no Rio de Janeiro, afirmava haver cerca de um milhão e meio de abortos no Brasil, e isto somente nos hospitais e casas particulares, sem falar nas parteiras “faiseuses d’anges” (fazedoras de anjos). O cálculo seria, em 1965, dois milhões e meio de abortamentos anuais.

O assunto é complexo; todavia, há de se procurar a melhor solução. Há o chamado ABORTO TERAPÊUTICO, também chamado de “necessário”, quando se procura salvar a vida da gestante em circunstância especial. A decisão entre deixar a mãe morrer, uma vida real plenamente desenvolvida, ou sacrificar o bebê não nascido. 2) ABORTO EUGÊNICO, em circunstâncias claras, científicas, de que a vida será “sub-humana” e não simplesmente a possibilidade de uma criança deformada. Aqui, cabe pensar: Se Helena Keller, que nasceu cega, surda e muda, fosse avalida devidamente ainda no ventre da sua mãe, valeria a pena nascer? Pois bem, nasceu, tornou-se mais útil do que milhares e milhares de pessoas “perfeitas”. Caso semelhante seria Beethoven e muitos outros. 3) ABORTO ECONÔNICO. Há quem diz: “Um país que não pode manter os seus filhos não tem direito de exigir o seu nascimento”. O exemplo da Rússia diz tudo. A partir de 1920, fez-se a lei do “aborto econômico”. Somente em Moscou, abortavam mais de cem mulheres por dia. Em 1936, a lei foi revogada em face dos abusos e pelos efeitos negativos na saúde das gestantes.

4) ABORTO SENTIMENTAL ou provocado por estupro. Há quem queira, mesmo assim, justificar o não aborto em circunstâncias tão constrangedoras da mulher Ter concebido contra sua vontade, por um ato brutal e anormal.

Outras modalidades de aborto: “Não quero essa gravidez”. Por motivo egoísta, vaidade e outros, muitas crianças são rejeitadas. É melhor prevenir do que remediar, diz o ditado popular. A chamada “ética situacional” de Fletcher de que nenhum nêne desejado ou planejado não deve nascer é devastadora. Mesmo nascendo uma criança “acidental”, deve ser acolhida e amada e pode até vir a ser um benfeitor da humanidade.

A leviandade se alastra galopantemente e salve-se quem puder. A mulher pobre, “sem querer”, pega uma gravidez e se conforma reconhecendo que foi “Deus que quis”; a “madame” está de viagem marcada para excursionar pela Europa e vê-se alcançada por uma gravidez e “sem querer”. Interna-se numa clinica sofisticada e livra-se de mais uma criança; a “aventureira” conhece alguém, e sai para dar umas voltinhas e depois descobre que está grávida e procura o aborto. Assim é que, até algumas “Deputadas Constituintes” diziam: “Num Estado Democrático, a mulher tem livre disposição do seu corpo para fazer o que quiser”. Ora, não se pode confundir liberdade com libertinagem. A tese não é verdadeira, porque as mulheres e homens que assim pensam deveriam conscientizar-se de que eles também não têm direito de aniquilar uma vida em potencial. Ademais, há o interesse Público em proteger o menor; dai, o chamado “Direito do Nascituro”. E, se um filho adulto, que milagrosamente escapou de um “aborto criminoso”, souber que sua mãe fez tudo para destruí-lo?

Interessante notar que os “modernistas” favoráveis à legalização do aborto são também protetores da fauna, da ecologia etc, etc., mas não são defensores daqueles que têm “o grito mudo”.?

Não resta dúvida de que há área problemática na questão do aborto; mas alguma coisa precisa ser feita, como mais educação sexual nas escolas, nas igrejas e comunidades outras. Conscientização de valorização da vida mesmo ainda no ventre materno.

Hoje, mais do que nunca, há muitos movimentos em “benefício da mulher” e ênfase em liberação de tudo! Todavia, conscientizando muita coisa que há por aí, ao final, a própria mulher é a mais prejudicada, haja vista que nenhum homem “progressista”, “liberalizante” passou ou passará pela experiência torturante de praticar um aborto, ocultando-o dos pais, familiares ou da sociedade e trazendo ainda inevitáveis problemas de saúde.

Uma outra leviandade corrente é quando um “homem-progressista-liberalizante” diz à jovem: “Eu te amo”; “vamos fazer amor” (conjunção carnal). Pega a primeira vítima incauta e vai partindo para outras em nome do amor”. A luz da língua grega, trata-se do amor “Eros”, sexual, despido do amor “ágape”, amor verdadeiro que espera o momento exato de um relacionamento mais profundo. É nesta base que o maior índice de ilegalidade de abortos no Brasil e no mundo vai crescendo.

Organização de Combate ao Aborto em Israel:
http://www.beadchaim.com

PALAVRA PROFÉTICA PARA O ESTADO de ISRAEL

Palavra PROFÉTICA para o ESTADO de ISRAEL
Autor: Agnaldo Leite d... em 22/11/2008 - 16:41.
F16
F16

Desde a destruição de Jerusalém no ano 70, culminando com a dispersão do povo Judeu para todas as partes do mundo, conforme profecia Bíblica, a exemplo de Deuteronômio 28:64 – “E o Senhor vos espalhará entre todos os povos, desde uma até a outra extremidade da terra” (ler ainda Jeremias 16:15) – e, após a queda de Jerusalém no ano 70, pelo Império Romano, os Judeus espalhados em toda a terra profetizavam, declaravam em hebraico: BA-SHANÁ HÁ-BAÁH BIRUSHALÂIM = No próximo ano em Jerusalém. Passaram-se anos, séculos e a esperança profética era sempre repetida por causa das promessas que Deus fez a Abraão, a Isaque e a Jacó. A volta oficial do povo Judeu à sua terra aconteceu em 14 de maio de 1.948, cumprindo-se literalmente a profecia de Isaías 66:8. Tal convicção de esperança (Tikva) ficou em eminência no próprio Hino Nacional de Israel quando diz: Há-Tikva Bat Shenot Alpâim - “Esperança, filha de dois mil anos”. Diz Isaías 43:5-6 “Não temas, pois, porque sou contigo, trarei a tua descendência desde o oriente, e a ajuntarei desde o ocidente. Direi ao norte: Entrega; e ao sul: Não retenhas; trazei meus filhos de longe, e minhas filhas das extremidades da terra”. Quando nasceu o Estado de Israel, em 14/05/48, judeus de pelo menos 87 nações da terra regressaram a ÉRETZ ISRAEL (Terra de Israel).

01. ORIENTE: Da Índia, Afeganistão, Malásia, China, Iraque (antiga Babilônia). Só do Iraque uma comunidade inteira de 113.000 regressou a Israel em 1959, na operação aérea “Ali Babá” (Is. 60:8).

02. OCIDENTE: “Ajuntarei” - Uma seleção de judeus do ocidente regressou, enquanto outros permanecem lá apoiando Israel com suas finanças (U.S.A.).

03. NORTE: “Entrega” - Havia cerca de 3 milhões de judeus na União Soviética. Por uma ordem divina, eles saíram. Em 1990, milhares regressaram a Israel.

04. SUL: “Não retenhas” - DO IÊMEN, uma comunidade de 43.000 judeus iemenitas atravessou a Península da Arábia e chegou à Colônia Britânica de Áden, rumo à terra dos seus pais dizendo ter chegado a hora de partir.

05. UMA PROFECIA NO SÉCULO VII - um rabino profetizou na sinagoga que nos fins dos tempos, perto da vinda do Messias, eles retornariam. “Haverá um dia quando o Deus de Israel, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó nos levará de volta à terra prometida dos nossos pais”. E quando chegar o tempo, este será o sinal: “Ele nos levará de volta nas asas de um grande pássaro prateado”. Os britânicos deram instruções à Agência Judaica para fazer os arranjos para o seu regresso. Uma frota de aviões DAKOTA, de cor prateada, transportou a comunidade, na operação “TAPETE MÁGICO”, entre junho de 1949 a junho de 1950.

06. DA ETIÓPIA: Os judeus etíopes (FALASHAS), uma comunidade que data dos dias da Rainha de Sabá e que cresceu ao longo dos séculos partiu, impulsionada por uma mão invisível. Dois terços regressaram a Israel. Por serem de pele escura não foram logo aceitos pelos rabinos; porém, a disputa chegou ao fim, com a descoberta de sua verdadeira origem judaica.

07. ORIGEM DOS JUDEUS ETÍOPES - Tribo de Dã. Dan estava ao Norte, junto do Hermon e uma parte onde hoje é Tel-Aviv. Essa parte perdeu-se quando o Reino do Norte caiu. Os danitas desceram ao Egito, sul do Egito, entraram no Sudão, Sul do Sudão. No tempo dos faraós elefantinos serviram como soldados mercenários. Com a queda do reino elefantino, fugiram para a Etiópia. Na mistura com nubianos que se converteram ao judaísmo, tornaram-se mais escuros.

08. EXTREMIDADES DA TERRA - O povo voltou para Israel da Mandechuria e China, da Austrália e Nova Zelândia, da Rússia e Libéria, da Escandinávia, Grã-Bretanha, da América do Norte e do Sul, da Índia e da Ásia, da Pérsia e do Iraque.

09. A TERRA DE SINIM - “Eis que virão de longe, e eis que aqueles do norte e do ocidente, e aqueles outros da terra de Sinim” (Is. 49:12). Parecia um mistério este lugar. Em Hebraico moderno significa “A terra dos chineses”. A bela sinagoga do século XI, apresentada no museu da Diáspora, é da China. Em 1946, reuniram-se 30.000 judeus em Xangai, devido à guerra. Não sabiam para aonde ir. A maioria, em 1948, partiu para Israel.

10. O REGRESSO DO CEGO, DO ALEIJADO, DA GRÁVIDA E A DE PARTO. “Eis que os trarei da terra do Norte, e os congregarei das extremidades da terra, e entre eles também os cegos e aleijados, as mulheres grávidas e as de parto; em grande congregação voltarão para aqui” (Jr. 31:7-9). Da multidão que regressou após a II Guerra Mundial, muitos foram levados em macas: cegos e aleijados e tantos em condições de fraqueza física como resultado dos sofrimentos do holocausto. Crianças nasceram na viagem. A profecia em epígrafe se cumpria ao pé da letra.

Um dia especial e maravilhoso haverá para Israel aos olhos de todas as Nações: “E as Nações saberão que eu sou o Senhor que santifico a Israel, quando estiver o meu santuário no meio deles para sempre” (Ezequiel 37:28).

P/TRIBUNA DO ABCD 01/09/07

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

1ª SAMUEL 28 - SAUL SE COMUNICOU COM O ESPIRITO DE SAMUEL ?

Parte II – As Implicações

Algumas Dúvidas

a. Deus permitiria um profeta como Samuel participar numa prática condenada?
Algumas pessoas raciocinam que o espírito morto de Samuel não poderia ter falado com Saul por causa da proibição por Deus de tal prática. O raciocínio destas pessoas é de que Deus não permitiria um servo tão fiel como Samuel participar numa prática condenada por Ele. Já demonstramos que Deus condena a prática da comunicação com os mortos. Concordamos que não faz sentido Deus permitir um servo dEle participar em algo condenado. Achamos, contudo, necessário lembrarmos duas coisas.

(1.) Não devemos tentar limitar Deus pelo nosso raciocínio. Deus não age sempre conforme nossas expectativas. A própria Palavra de Deus nos mostra que há muitas coisas que Deus faz cujo sentido ou explicação não nos é revelado e não cabe a nós saber (Deut 29:29). Também, a Bíblia afirma que Deus faz coisas que não temos condições de compreender (Jó 5:9; Isa 5:8,9). Por este motivo devemos ter muita cautela em tentar vincular o que vamos aceitar Deus fazendo com o que é lógico ou que segue nosso raciocínio humano. Não cabe a nós ditar a Deus o que Ele pode ou não pode fazer. Nossa mente, mesmo iluminada pela presença do Espírito Santo, é capaz de errar na sua lógica. Eis a razão pela qual Deus nos deu sua Palavra para confirmar as coisas para nós.

(2.) Há muitos exemplos na Bíblia de quando Deus permitiu uma pessoa cometer um pecado e ainda usou aquela pessoa. Isto não significa que Deus é contraditório ou que ele aprova o pecado. Isto apenas significa que Deus é soberano e mesmo quando alguém pecar, ele ainda pode realizar sua vontade.
Alguns exemplos são:

· A mentira é proibida como pecado pela Palavra de Deus (Ex. 23:1). Várias pessoas nos relatos da Bíblia mentiram, mas até suas mentiras permitiram a realização da vontade de Deus. Abraão (Gen. 20:2), Jacó (Gen. 27:18-19) e Raabe (Jos 2:1-7) mentiram, mas Deus ainda realizou sua soberana vontade através deles. Todos estes três são contados entre os antepassados de Jesus (Mat 1:1, 2, 5) e entre os colunas da fé Cristã (Heb 11: 8, 17, 21, 31). Não estamos dizendo, como alguns alegam, que Deus os abençoou por causa das suas mentiras. Estamos dizendo que Deus os abençoou apesar das suas mentiras. Nem por causa de um pecado condenado, Deus deixou de usá-los para realizar sua vontade.

· O adultério é proibido por Deus (Ex. 20:14) e a sentença era morte para ambos achados no caso de adultério (Lev 20:10). Davi cometeu adultério com Bate-Seba (2 Sam 11:2-5). O filho da sua relação morreu, mas o segundo filho que eles tiveram foi Salomão (2 Sam 12:24), um dos homens mais sábios de toda a história. Nem Davi, nem Bate-Seba foram mortos pelo seu pecado, e o filho deles veio a ser um dos maiores reis de Israel e aquele que construiu o templo do Senhor em Jerusalém.

· Davi também cometeu outro pecado quando matou o marido de Bate-Seba, Urias (2 Sam 11:14-17; 12:9). Matar era proibido por Deus (Ex. 20:13) e a sentença também era morte (Ex. 21:14). Deus não matou Davi por causa daquilo que ele fez, embora seu pecado tenha sido tão terrível como trair e matar um homem bom e justo como Urias. Apesar de tudo isto, Deus ainda continuou abençoando Davi como rei de Israel. Seu pecado teve conseqüências, mas Davi continuou sendo elogiado por Deus como “homem segundo o meu coração” (Atos 13:22), até os dias de Jesus. A Bíblia indica que, apesar dos seus graves pecados, Davi continua até hoje a ser um homem que seguia a vontade de Deus. Apesar dos seus pecados, Deus usou Davi para realizar sua vontade. Lembramos também que Davi foi um dos mais ilustres antepassados de Jesus.

Mais uma vez, não queremos insinuar que Deus aprova o pecado. Mas, é evidente que Deus pode permitir algo que vai contra a vontade dEle, ou que transgride os mandamentos dEle, e ainda realizar sua vontade através daquela pessoa ou aquela situação. Por isso devemos ter cautela em declarar que Deus jamais permitiria um servo dEle fazer esta coisa ou aquela outra. Embora a procura pela comunicação com os mortos é expressamente condenado na Palavra de Deus, isto não impede que Deus use uma situação onde houve comunicação com os mortos para realizar a vontade dEle.

b. Será que quando Saul morreu ele foi para o mesmo lugar de Samuel?
Algumas pessoas questionam a afirmação daquele que falou com Saul quando ele disse “amanhã, tu e teus filhos estareis comigo...”. Estas pessoas acham difícil acreditar que Saul, que evidentemente morreu em pecado (uma vez que, além de toda sua rebelião, ele se suicidou), poderia ir, depois de morrer, para o mesmo lugar de Samuel.

Primeiramente, precisamos observar que quando aquele que falou disse “tu e teus filhos estareis comigo” o ponto dele não era a ida de Saul para um lugar geográfico, mas para uma condição ou estado - a própria morte. Se presumimos que aquele que falou foi de fato Samuel, o que ele quis dizer não era que Saul iria para o mesmo lugar onde ele estava, mas para o mesmo estado. Ele estava usando uma expressão, um eufemismo, que significava a morte. Com uma certa freqüência a Bíblia fala da condição da morte em termos de um determinado lugar. A palavra hebraica mais comum para isso era “sheol”. As seguintes passagens se referem a um lugar “sepultura,” “cova,” quando de fato está se referindo a uma condição - a morte.

“...Chorando, descerei a meu filho até à sepultura (sheol)....” Gen 37:35
“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura (sheol) e faz subir.” 1 Sam 2:6
“Que homem há que viva e não veja a morte? Ou que livre a sua alma das garras do sepulcro (sheol)?” Sl 89:48
“A sua casa é caminho para a sepultura (sheol) e desce para as câmaras da morte.” Pr 7:27
“Porquanto dizes: ‘Fizemos aliança com a morte e com o além fizemos acordo...” Is 28:15

Todas estes versículos (e muitos outros) vinculam um lugar (sheol), com uma condição, a morte. Ou seja, quando a Bíblia fala em alguém indo para sheol, fala da pessoa indo para sua morte. Presumindo que foi Samuel quem falou, ele estaria simplesmente usando uma expressão figurativa para dizer que Saul ia morrer. Se ele (Samuel) estava em Sheol (ou seja, morto, “na sepultura”) ele poderia dizer verdadeiramente que Saul iria para o mesmo lugar ( o túmulo, a sepultura, ou seja, a morte.)

Jó afirmou que ia para o mesmo “lugar” que todos os mortos “Pois eu sei que me levarás à morte e à casa destinada a todo vivente.” (Jó 30:23) Segundo esta passagem há um só lugar para o qual todos os seres vivos estão destinados, “a casa destinada a todo vivente.” De certa forma, todos os homens têm o mesmo destino - o além, o outro lado da vida, a morte. Neste sentido sim, com certeza, Saul foi para o mesmo lugar que Samuel.

c. Algumas pessoas alegam que Deus não teria respondido a Saul pelo profeta Samuel.
Devemos notar que em Eze 14:1-11 Deus promete que, embora um homem esteja voltado no seu coração para a idolatria, Deus poderá responder a ele quando ele consultar o profeta. Mas, a resposta de Deus terá como finalidade justamente a destruição deste homem.

Conclusão
Vale a pena uma observação final. Se aquele que falou com Saul foi de fato Samuel, mas alguém hoje em dia diz que foi o demônio, esta pessoa hoje pode estar cometendo um grave pecado diante do Senhor. Em Mateus 12:22-32 Jesus pronuncia uma das condenações mais severas de toda a Bíblia sobre aqueles que chamam uma obra do Senhor uma obra do demônio. Jesus condenou tal erro como “blasfêmia contra o Espírito Santo”. Não cabe a nós julgar ninguém quanto a este assunto. Apenas entendemos necessário alertar todos para a possibilidade de estarem falando mal de um homem de Deus quando faz profecia que se cumpre e quando a própria Bíblia diz que ele era mesmo o profeta Samuel.

A Bíblia condena claramente a comunicação com os mortos:

Lv 19:31 - “Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles: Eu sou o Senhor vosso Deus.”
Lv 20:6 - “Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo.”
Lv 20:27 - “O homem ou a mulher que sejam necromantes, ou sejam feiticeiros, serão mortos: serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles.”
Dt 18:9-12,14 - “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor...”
Is 8:19 - “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?”

A comunicação com os mortos é possível? Tudo que vimos no episódio de necromancia envolvendo Samuel e Saul nos leva a crer que é. Contudo, devemos ressaltar a proibição divina contra esta prática. Ainda lembramos que o evento em que Saul participou de modo algum pode ser usado como autorização para comunicação com os mortos, uma vez que a mesma Palavra que relata este evento condena claramente o que Saul fez:

1 Cr 10:13 - “Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante.”

Deus proibiu de forma categórica e clara a prática da comunicação com os mortos, embora haja evidência na Bíblia de que tal prática é possível. Se uma pessoa hoje em dia quer ignorar tal condenação e proibição, aquela pessoa tem esta liberdade. Ela pode até conseguir a façanha da comunicação com o além túmulo. Mas, um dia ela terá que responder a Deus pelas suas ações. A evidência da Bíblia indica que ela receberá a mesma resposta que Deus deu a Saul. “Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante.” – 1 Cr 10:13.

A morte de Saul ao qual 1 Cr 10:13 se refere foi a morte física. Morrer a morte física já é bastante triste. Mas, há uma morte pior. A pessoa que desobedeça clara proibição do Senhor, buscando a comunicação com os mortos apesar das condenações na Palavra de Deus, tem outra morte à sua espera, a segunda morte. “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” – Apocalipse 21:8

Esta segunda morte espera todos que desobedeçam a Deus, inclusive, como menciona Apoc 21:8, os feiticeiros. Dificilmente a maioria das pessoas que praticam a comunicação com os mortos iriam se considerar como feiticeiros. Esse termo hoje traz a idéia de magia negra, encantamentos e maldições. Mas, precisamos entender os termos bíblicos no seu sentido original, e não no sentido que as traduções modernas às vezes reproduzem.

A palavra traduzida “feiticeiros” no grego original foi a palavra “pharmakos”. No período em que o livro de Apocalipse foi escrito, o termo original, pharmakos, se aplicava a todo tipo de magia e feitiçaria, inclusive a comunicação com os espíritos. Segundo O Dicionário Internacional de Teologia do NT, no artigo sobre magia e feitiçaria “atestam-se numerosas formas de magia no mundo greco-romano. … A evocação dos espíritos dos mortos já ocorre em Homero, Od. 11, e os necromantes eram reconhecidos como uma classe de mágicos.” (C. Brown, artigo “Magia, Feitiçaria, Magos” em Brown, Colin, O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Edições Vida Nova, 1978, tradução Gordon Chown, Vol. III, p. 109.)

Referente ao termos pharmakos, o dicionário explica que, no trabalho destas pessoas “tem havido uma tradição mágica de ervas colhidas e preparadas para encantos, e também para encorajarem a presença de espíritos em cerimônias de magia.” (J. Stafford Wright, artigo “Magia, Feitiçaria, Magos” em Brown, Colin, O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vol. III, p. 114) A palavra pharmakos, embora traduzida “feiticeiros” nas traduções em português, se referia no grego original também àqueles que se comunicavam com os espíritos. Como o livro de Apocalipse alerta, estas pessoas enfrentarão a segunda morte, que é a condenação eterna da alma.

Embora houve pelo menos um exemplo na Bíblia de busca e verdadeira comunicação com os mortos, no caso de Saul e Samuel em En-Dor, este episódio jamais deve servir como exemplo, a não ser daquilo que devemos evitar. As condenações e proibições da Palavra quanto à comunicação com os mortos são suficientemente claras a não deixarem dúvidas. Que todos possam dar ouvidos às alertas da Palavra de Deus e voltar a ouvir e seguir a orientação do único espírito que devemos atender – O Espírito Santo de Deus. “Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.” (1 João 4:6). Que Deus possa dar ouvidos a todos e que todos possam atender e seguir as palavras dEle.

1ª SAMUEL 28 - SAUL SE COMUNICOU COM O ESPÍRITO DE SAMUEL ?

Parte I – As Evidências

Já houve bastante polêmica acerca dos eventos registrados em 1 Samuel 28:7-20. Nesta passagem, o primeiro rei de Israel, Saul, já nos últimos dias da sua vida, pede para uma necromante invocar o espírito de Samuel. Saul quer pedir conselhos de Samuel apesar de Samuel, ainda com vida, ter se recusado a dar mais conselhos. Aparentemente, Samuel aparece e se comunica com Saul, confirmando o que já havia profetizado, que Deus virou contra ele e que deu o reinado dele a outro – Davi.

A polêmica se levantou na interpretação desta passagem em relação à possível comunicação com os mortos. Alguns acreditam que Saul de fato comunicou-se com Samuel. Outros acreditam que não. Dos que acreditam que Saul não se comunicou com Samuel, há quem acredite que Saul foi enganado pela necromante. Outros afirmam que foi um espírito enganador, talvez até um demônio que se comunicou com Saul. Evidentemente, uma das preocupações dos intérpretes é com a possibilidade de reconhecer que a comunicação com os mortos é possível.

Apresentaremos os indícios que nos levam a crer que de fato Saul falou com o espírito do profeta morto Samuel. Em seguida apresentaremos evidências para confirmar esta conclusão. Finalmente, examinaremos a questão das implicações desta interpretação.

As Evidências

a. A evidência da Palavra
A evidência mais convincente de que Saul de fato se comunicou com o profeta morto Samuel é o testemunho da própria Bíblia. Veremos esta evidência com uma análise do próprio texto da passagem. Às vezes os intérpretes esquecem de um dos princípios básicos da interpretação – o exame detalhado do texto. Como resultado, alguns começam a atribuir, sem fundamento, palavras ou conceitos ao texto que jamais existiam na Palavra. Na nossa análise da passagem veremos que um exame objetivo do texto, mesmo em tradução, revelará que de fato Saul se comunicou com o espírito do falecido Samuel.

A passagem começa com Saul movido pelo medo à procura da médium de En-Dor (1 Sam 28:5-10). Os filisteus juntaram um grande exército contra Israel e, no início da passagem em questão Saul começa a perceber que ele vai perder a guerra. Ele pede para a médium ou necromante de En-Dor chamar Samuel (v.11), o profeta já morto (v.3). Samuel havia o guiado antes, mas o deixou depois que ele desobedeceu o Senhor (1 Sam 15:26).

Numa sessão de necromancia digna de um filme de terror, Saul se junta com a mulher quando ela tenta trazer de volta para esta vida o espírito do falecido Samuel. Assustada com a aparição do ser que ela invocou, a mulher grita em alta voz (v. 12).

Quando a mulher descreve o homem que ela vê, Saul entende que é Samuel (vv.12-14). Alguns intérpretes se detêm muito com a percepção de Saul, como se o resto do relato fosse apenas descrever o que Saul entendeu. No entanto, o relato segue no formato do resto do livro de Samuel, dando a entender que o que está sendo contado de fato ocorreu.

Em nenhum momento nos versículos posteriores há qualquer indício de que aquilo que é relatado seja fruto apenas da imaginação de Saul ou que a mulher o enganou. Não há palavras como “entendeu” ou “imaginou” descrevendo o que aconteceu. Em v. 15, por exemplo, quando a passagem relata as primeiras palavras do ser que apareceu, o versículo não diz “Aquele que Saul pensou ser Samuel disse...” ou “Aquele que Saul entendeu ser Samuel falou ...”. A passagem diz “Samuel disse a Saul...”. Estas palavras são as mesmas nas traduções de Almeida Atualizada e Corrigida e na Bíblia de Jerusalém. A NVI apenas muda para “Samuel perguntou a Saul”. Ou seja, as principais traduções em português dão a entender que aquilo que é relatado se baseia em fatos verídicos. Portanto não há evidências no texto que apóiam a interpretação de que Saul se confundiu ou que a necromante o enganou.

Logo em v.12 vemos o primeiro indício de que aquele que apareceu foi de fato Samuel. v.12 - “Vendo a mulher a Samuel, gritou em alta voz...” Lendo a passagem em português fica evidente que a mulher viu o próprio Samuel. A passagem não diz “A mulher disse que era Samuel” nem “A mulher fez de conta que era Samuel”, mas “Vendo a mulher a Samuel...”. O texto da própria Bíblia dá a entender que o que a mulher viu foi Samuel. Isso fica claro no português da Almeida Revista e Atualizada. Mas, para quem tiver dúvidas ainda, apresentamos em seguida o texto no original em hebraico e na tradução para grego da Septuaginta com interlinear em português:

Em seguida, todos os versículos que tratam do ser que apareceu o chamam de Samuel: v. 15 - “Samuel disse a Saul...”
v.16 - “Então disse Samuel...”
v. 20 - “... Saul ... foi tomado por grande medo por causa das palavras de Samuel...”

Vejamos o texto do início de 1 Samuel 28:15 no original em hebraico e na tradução para grego da Septuaginta com interlinear em português:

Embora seja difícil para alguns aceitarem, é preciso perguntar, quem é que a Bíblia diz que a mulher viu? [Veja v.12.] Quem é que a Bíblia diz que falou com Saul? [Veja vv.s 15 e 16.] A Bíblia diz que Saul foi tomado por grande medo por causa das palavras de quem? [Veja v. 20.] A resposta a todas estas perguntas, segundo a própria Bíblia é Samuel. De acordo com a própria Bíblia a mulher viu Samuel. Segundo a Bíblia, Samuel falou com Saul e foram as palavras de Samuel que Saul ouviu e temeu. Se a Bíblia chama este ser de Samuel, quem tem autoridade superior para negar esta afirmação?

Alguns alegam que aquilo que apareceu foi um espírito maligno ou enganador. Mas, nas Sagradas Escrituras, quando um profeta falso ou espírito maligno ou enganador está atuando, é revelado eventualmente quem aquele espírito representava (Juizes 9:23; 1 Reis 13:18; 22:22-23; 2 Crôn. 18:21-22). Observamos que no caso do evento relatado em 1 Samuel 28 a Bíblia nunca chama aquele que apareceu de um “espírito enganador” ou um “demônio mentiroso”. De fato, a Bíblia sempre chama aquele que apareceu de Samuel.

Podemos debater se seria justo ou lógico Deus permitir Samuel voltar para falar com Saul. Mas, no final, temos que decidir se vamos basear nossas conclusões no nosso raciocínio e lógica, ou naquilo que a própria Bíblia diz. Neste caso, a Bíblia diz que quem apareceu e quem falou foi Samuel. Quem se sente apto para falar contra o que a própria Bíblia diz neste caso?

b. A evidência do testemunho do ser que apareceu.
O ser que apareceu a Saul nunca falou nada contra a Palavra do Senhor. Pelo contrário, o ser simplesmente confirmou tudo que Deus havia profetizado a Saul. Este ser dificilmente poderia ser um espírito enganador, pois só confirmou tudo que a Palavra de Deus nos dissera até aquele ponto. Observamos ainda que o ser que apareceu sabia coisas que eram do conhecimento de Saul e Samuel. Se essas coisas eram sigilosas ou não, ninguém sabe ou pode afirmar. Mas é claro que o conhecimento deste ser é compatível com o que iríamos esperar de Samuel.

c. A evidência da profecia do ser que apareceu.
O ser que apareceu a Saul profetizou que Israel seria derrotado pelos filisteus, e que Saul e seus filhos iriam morrer logo em seguida. Esta profecia acaba se realizando. Em 1 Sam 31 lemos sobre a derrota de Israel pelos filisteus e a morte de Saul e seus filhos. Assim entendemos que este ser sabia não somente relatar coisas do passado de Saul, mas também profetizou com precisão sobre seu futuro.

Alguns pensam que não foi Samuel que falou porque parece que ele errou na sua profecia. O pensamento destas pessoas é de que quando o ser disse “amanhã ... estareis comigo” (v.19) ele errou. Parece que demorou mais de um dia para Saul e seus filhos serem mortos.

Primeiro, é preciso saber que a palavra “amanhã” no grego da LXX é aurion que pode ser literalmente “no dia seguinte” (Num 16:16; At. 23:20). Mas, esta palavra pode também significar “logo” (Mat 6:30; 1 Cor 15:32) ou algum tempo ainda indefinido do futuro (Gen 30:33; Deut 6:20). O mesmo se vê no hebraico, que usa a palavra machar, que pode significar literalmente “amanhã” (Num, 16:16), ou um tempo ainda indefinido do futuro (Gen 30:33; Deut. 6:20). Sabendo isto, uma interpretação possível do que o ser disse é, como traduzido por várias versões, “amanhã tu e teus filhos estareis comigo...”. Porém, uma outra tradução ainda perfeitamente aceitável do mesmo versículo seria “logo tu e teus filhos estareis comigo”. Dentro do contexto, tanto no grego como no hebraico, uma tradução que dá a entender que Saul e seus filhos morreriam “em breve” é totalmente aceitável.

Segundo, é importante lembrar que o que acontece logo em seguida (caps. 29-30) não aconteceu necessariamente em ordem cronológica após os eventos de Cap. 28. 1 Crôn. 10 fala da morte de Saul (que ocorre em 1 Sam 31). Mais adiante o mesmo livro, 1 Crôn. 12:19-20, fala dos eventos que ocorreram antes da morte de Saul, em 1 Sam 29. Isto não significa que as duas histórias estão em contradição, mas simplesmente que os historiadores não se sentiram obrigados a relatar as coisas precisamente em uma seqüência cronológica.

Um exemplo desta prática se vê na história da fuga da família de Jesus para o Egito. Em Mat 2:15 lemos sobre Herodes morrendo. Em v. 16, imediatamente em seguida, ele está vivo ainda. Na primeira seqüência o foco da história é a família de Jesus. Na segunda seqüência, o foco é Herodes e sua reação. Embora no relato de Mateus uma história segue outra, as duas histórias tratam de eventos que aconteceram ao mesmo tempo, embora em lugares distintos. É bem provável que este é o caso das histórias de 1 Sam 28 e 29. Uma história focaliza a vida de Saul, outra a vida de Davi, mas não necessariamente em ordem cronológica.

Uma seqüência que demonstra a mesma técnica pode ser encontrada no Evangelho de Lucas 3:19-20, onde Lucas conta sobre Herodes colocando João Batista na prisão. Mas, em seguida, Lucas relata o batismo de Jesus, que, segundo os outros Evangelhos, foi realizado por João Batista antes da sua prisão (Mt 3:13; Mc 1:9). No Evangelho de Marcos 6:17-29 lemos sobre a prisão de João bastante depois que realmente aconteceu, quando Herodes começa a ouvir falar de Jesus e teme que ele seja João ressuscitado. Em ambos os casos, um relato histórico acontece ou antes de outros eventos que seguiu, ou muito tempo depois. Isto não significa que os Evangelhos estão confusos, apenas que os autores nem sempre relataram um evento em sua seqüência cronológica.

Concluímos, portanto que o que este ser falou a Saul acabou acontecendo como profetizado. Isto também seria compatível com o papel de Samuel como profeta. Isto também seria conhecimento privilegiado e que apenas alguém com poderes sobrenaturais poderia profetizar.

Outra alegação de que a profecia do ser que falou a Saul não foi cumprida é baseada no fato de que um dos filhos de Saul, Is-Bosete não foi morto (2 Sam 2:10). A única coisa que temos a dizer sobre isto é que o ser que falou a Saul não disse que todos seus filhos iriam morrer. Ele apenas falou “tu e teus filhos” (1 Sam 28:19). Na verdade, todos os filhos de Saul que estavam lutando com ele naqueles dias morreram. Seria a respeito destes filhos que o ser estaria se referindo. Embora a passagem nem confirme nem contrarie, é bem possível que os outros filhos de Saul que morreram com ele estavam junto ao seu pai quando ele recebeu aquelas palavras de Samuel. Se este foi o caso, que seria perfeitamente natural, então Samuel estaria se referindo aos filhos que acompanharam Saul. Exatamente como profetizado, todos eles morreram.

d. A evidência de outras traduções e textos antigos
A frase de 1 Sam 28:15(a) transmite o mesmo sentido no Latim: “dixit autem Samuhel ad Saul quare inquietasti me ut suscitarer” Disse, pois, Samuel a Saul: Por que me inquietaste para subir/suscitar…?

Na Septuaginta (LXX), a tradução em grego do AT, o texto que resume a condenação de Saul em 1 Crôn. 10:13 diz “Por isso Saul morreu pelas suas transgressões cometidas contra o Senhor, contra a Palavra do Senhor, que ele não guardara, porque interrogara e consultara uma necromante, e Samuel o profeta o respondeu. ” (kai apekrinato autw Samouhl o profhthv)

O livro apócrifo Eclesiástico, incluído nas traduções Católicas, afirma “Depois disto, Samuel morreu e apareceu ao rei, predisse-lhe o fim da sua vida, e levantou a sua voz de debaixo da terra, profetizando, para destruir a impiedade do povo.” (Eclesiástico 46:23) (conhecido também como Sirach ou Sabedoria de Sirach 46:20)

e. Os dicionários de grego e hebraico mais atuais confirmam a comunicação com Samuel.
“… uma ocorrência da necromancia se menciona na história da visita que Saul fez à médium em En-Dor. A história da médium em En-Dor que fez subir o espírito de Samuel não lança dúvidas sobre a realidade daquilo que aconteceu, mas claramente condena a aventura.” (Colin Brown, artigo “Magia, Feitiçaria, Magos” em Brown, Colin, O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Edições Vida Nova, 1978, tradução Gordon Chown, Vol. III, p. 110.)

“ A palavra 'ôb refere-se claramente àqueles que consultavam espíritos, visto que 1 Samuel 28 descreve uma destas pessoas em ação. A famosa 'pitonisa de En-Dor era uma 'ôb. Embora Saul tivesse proibido 'feiticeiras' e 'mágicos' ele consultou um deles. Disfarçando-se, pediu que a 'médium' trouxesse Samuel dentre os mortos. Ela foi bem sucedida e, embora ele tenha-se queixado de ter sido perturbado, anunciou a Saul as más notícias…" (Robert L. Alden Artigo bAa ('ôb) “alguém que tem um espírito familiar” em Harris, R. Laird, Gleason L. Archer Jr. e Bruck K. Waltke, Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Edições Vida Nova, 1998, p. 24. Veja também Schökel, Luis Alonso Dicionário Bíblico Hebraico-Português São Paulo: Edições Paulus, 1991, p. 32.)

Embora nenhuma obra de interpretação secundária como dicionários ou comentários possam servir para nos dar a palavra final, devemos respeitar a experiência de peritos e estudiosos e considerar com todo respeito as suas conclusões. Quando obras como estas citadas concordam com todas as outras evidências apresentadas, principalmente da própria Palavra, temos motivos o suficiente para concluir que uma interpretação está com uma base confiável.

Conclusão Preliminar

O texto de 1 Samuel 28:7-20 nos leva a concluir com segurança que o espírito do falecido profeta Samuel de fato se comunicou com Saul em En-Dor. Podemos não compreender como Deus deixaria algo desta natureza ocorrer. Podemos estranhar tudo que ocorreu no evento em si e as implicações deste evento diante das proibições da Palavra em relação à comunicação com os mortos. Mas, a nossa interpretação da Palavra de Deus tem que se basear não naquilo que nós entendemos como lógico ou aceitável para nós, mas, naquilo que a própria Palavra diz. A chave para a interpretação tem que permanecer no texto em si e não na nossa lógica ou entendimento.

Em Parte II iremos examinar as implicações deste texto. É preciso refletir sobre os eventos relatados neste texto e mandamentos e proibições no resto da Bíblia. Se uma passagem descreve algo que outras passagens condenam, será que aquilo que é descrito serve para justificar a prática? Se de fato Saul se comunicou com Samuel podemos concluir que a comunicação com os mortos é permitida? Ou, será que Deus fez algo extraordinário naquela situação por causa dos propósitos insondáveis dEle e que não cabe a nós questionar Sua soberania? Examinaremos estas e outras dúvidas em Parte II deste estudo. Que Deus guie e guarde a todos na sua busca de conhecer e seguir a Palavra e a perfeita vontade do Senhor.

Veja a segunda parte deste estudo 1 Samuel 28 - As Implicações

A COROA QUE JESUS ESCOLHEU

Coroas sempre foram um sinal de autoridade e realeza. O rei Charles o Grande tinha uma coroa octogonal. Cada um dos oito lados era uma plaqueta de ouro. Cada plaqueta era revestida de esmeraldas e pérolas.


O rei Ricardo Coração de Leão, Rei da Inglaterra tinha uma coroa tão pesada que precisava de dois homens para segurar na sua cabeça. A rainha Elizabete tem uma coroa que vale $20 milhões.


Mas, junte todas estas coroas e elas não valem um tostão em comparação às coroas que Cristo tem.


Apocalipse 19:12 diz que ele tem "muitos diademas". Ele tem a coroa da justiça. Ele possui a coroa da glória. Ele tem a coroa da vida. Ele usa uma coroa de paz e de poder. Mas, de todas as coroas que Jesus possui, uma é a mais querida de todas.


Esta coroa não foi fabricada de ouro nem prata. Ela não é coberta de jóias. Esta coroa não foi formada pelas mãos de um mestre artesão. Esta coroa foi formada depressa, pelas mãos rudes de um soldado Romano. Esta coroa não foi colocada na cabeça de Jesus numa cerimônia de glória e honra, mas numa farsa humilhante. É uma coroa de espinhos.


O impressionante sobre esta coroa, a coroa que Jesus escolheu para ele, é que, de todas as coroas que ele poderia ter escolhido, esta não pertencia a ele. Você merecia usar esta coroa. Você merecia sentir os espinhos. Você merecia sentir o sangue descendo pelos seus olhos e ouvidos. Você merecia toda a dor. Mas, a você, e a mim, Jesus oferece a coroa da vida. Ele tomou a nossa e nos oferece até hoje a coroa que era dEle.

A TENTAÇÃO E A GRAÇA DE DEUS

No estudo anterior vimos que há várias maneiras em que nosso inimigo nos tenta. Com tantas tentações e com nossas fraquezas naturais não é de admirar que caímos tanto em pecado.

Às vezes quando caímos em pecado logo nos levantamos e começamos a seguir Jesus de novo. Mas, com o passar do tempo, começamos a ficar desanimados. Questionamos se de fato houve uma conversão nas nossas vidas. Podemos até duvidar da nossa salvação.

Lentamente começamos a nos afastar de outros Cristãos. Começamos a faltar as reuniões e atividades da Igreja. Nos sentimos com vergonha. Sentimos constrangidos até em orar. É como se Deus nem estivesse ouvindo mais. Já vi irmãos, aos poucos, se afastando de Jesus até desistirem da fé.

Esta história já se repetiu na vida de tantos jovens e adultos Cristãos desde o começo do mundo. Mas, é tudo baseado numa mentira do inimigo. Ele coloca na sua cabeça ou na minha que não há mais esperança. Ele nos convence que Deus não vai nos perdoar mais. Mas, tudo aquilo é uma mentira.

A vida Cristã é uma vida longa e de muito esforço. A batalha pela sua alma é uma luta que Jesus travou no dia em que veio à terra e continuará a lutar até o dia do julgamento. Jesus nunca desistiu e nunca desistirá de lutar pela sua salvação. Temos que entender uma coisa - o preço do resgate já foi pago.

Hebreus 10:14 “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.”

Tem outro sacrifício a ser oferecido? Você vai fazer algo para ganhar, merecer, justificar ou alcançar o perdão de Deus? Não há mais nada a fazer, a não ser aceitar o que Deus nos deu em Cristo Jesus.

Nós caímos. Nós pecamos. Ficamos tristes e frustrados com nosso pecados porque sabemos que é uma reação ingrata pelo dom da salvação de Jesus. Mas, a solução não é ficar no chão.

Qual a diferença entre o justo e o perverso? O justo se levanta.

Prov 24:16 “ porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos são derrubados pela calamidade.” Os “sete vezes” na verdade é uma figura que significa “muitas vezes”. O justo cai muitas vezes, mas se levanta. A única diferença entre ele e o perdido é que ele se levanta de novo.

Será que há um limite para o perdão?

Às vezes ficamos com a impressão de que a Bíblia ensina que há um limite para o perdão de Deus. Quando era jovem eu lia passagens como Hebreus 10:26 e 2 Pedro 2:20-22 e comecei a pensar que quem voltasse a pecar depois de se tornar Cristão era condenado.

Heb 10:26 “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados;”

2 Pedro 2:20-22 “Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro. 21 Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. 22 Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.”

Deus pode me perdoar de novo?

Depois de me entregar a Jesus eu voltei a velhos hábitos e pecados. Eu caí várias vezes nas mesmas tentações. Depois de algum tempo eu comecei a pensar que estas passagens estavam falando sobre pessoas como eu. Afinal, eu não estava pecando deliberadamente? Eu não estava me deixando ser enredado de novo? Eu não estava sendo vencido pela tentação de novo, e tantas outras vezes? Eu não estava voltando para trás?

O que eu não entendi era que estas passagens não foram escritas sobre pessoas caindo em pecados como impureza, cobiça, e a imoralidade. Estas passagens estavam falando sobre o pecado mais grave que existe - o pecado de olhar para Jesus, saber que Ele é o Filho de Deus, e seu Salvador, e, mesmo assim, rejeitar Ele. O pecado destas pessoas era o de rejeitar o próprio Jesus, mesmo sabendo quem Ele é.

Continuamos a pecar mesmo depois da nossa conversão

Muitos, quando se convertem para Cristo, não entendem a possibilidade de pecar depois de se converter. Somos chamados a nos arrepender dos nossos pecados. Arrependimento significa mudança, tanto de atitude como de comportamento. Por isso, vários novos convertidos pensam que não é permitido um único pecado após se converter, ou, se pecar mais de algumas vezes, a pessoa já não será perdoada mais por Deus.

O fato é que o Cristão continua a ser um pecador, mas ele é um pecador que tem perdão pelos seus pecados. Ele deve se esforçar o máximo para não cair mais no pecado, mas o fato é que ele vai cair. Ele precisa entender a graça de Deus e o processo de transformação pelo qual ele vai melhorando e deixando suas fraquezas para trás.

O apóstolo João afirma que continuamos a pecar depois da nossa conversão quando ele diz: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” Mas, também João afirma “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:8,7)

Que notícia boa! Jesus deixou os apóstolos e seus primeiros seguidores tranqüilos sobre algo muito importante - seu perdão não tem limites. Jesus já sabe que todos nós vamos cair e cair muitas vezes. Isso não é motivo de relaxar e nos entregar ao pecado. Mas, é motivo para ficar mais grato ainda, porque o pagamento por todos nosso erros e falhas e pecados antes e depois da nossa conversão já foi pago. Isso foi pago de uma só vez por Jesus na cruz.

Conversão é um evento

Um dos problemas que enfrentamos para entender isso é porque a nossa conversão acontece de uma só vez. Seu resultado é imediato. Em Jerusalém, no dia de Pentecostes, Pedro exortou os homens a se converterem a Jesus. Os resultados não iam demorar, mas iam sair na mesma hora.

Atos 2:38 “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.”

Os resultados da conversão foram imediatos. Eles receberam naquela hora o perdão de seus pecados e o dom do Espírito Santo.

Quando Jesus chamou os discípulos eles deixaram sua redes imediatamente (Marcos 1:17-18). A decisão de mudança e de arrependimento devem ser tomados logo. E, uma vez tomadas, haverão conseqüências imediatas.

Transformação é um processo

Mas, a vida Cristã não é só conversão. A vida Cristã é também transformação. A transformação, a mudança de velhos hábitos e atitudes, é o que leva tempo. É por isso que às vezes caímos várias vezes no mesmo pecado, embora já nos convertemos para Cristo.

* Deixamos coisas para seguir Jesus imediatamente.
* Tomamos a decisão de seguir Jesus de uma só vez.
* Somos salvos de uma só vez.
* Mas, somos transformados aos poucos.

Paulo disse “somos transformados de glória em glória” (2 Cor 3:18 ). A transformação é um processo. É demorado. Pode levar anos, ou até uma vida. (veja também 2 Cor 4:16-18, Fil 3:12-15)

A diferença entre a conversão e a transformação

Podemos ver a diferença entre a conversão e a transformação na vida dos primeiros discípulos. Em Luc 9:46-47 começou uma discussão entre os discípulos sobre quem era maior. Eles já são discípulos? Sim Eles ainda tem fraquezas? Sim Mais adiante em Luc 22:13-14; 22-24, na noite em que Jesus foi traído os discípulos começam outra discussão. Qual o ponto? Quem era maior no Reino. Eles estão com Jesus há quanto tempo? Três anos. Eles já se converteram? Sim Eles ainda tem fraquezas e caem em pecado? Sim!

Poderíamos olhar outros exemplos, como de Pedro, que apesar de já ser um apóstolo e coluna da Igreja, caiu num erro grave ao se afastar dos Cristãos gentios na Galácia (veja Gálatas 2:11-13). Paulo disse que Pedro ficou “repreensível”, ou seja, condenado. Ele pecou!

O discípulo pode pecar depois da sua conversão? Com certeza. Até apóstolos pecaram e pecaram feio. Mas, bastava eles reconhecerem seu erro e se arrependerem que Jesus os perdoou.

Quantas vezes Jesus perdoa?

- Quantas vezes Jesus disse que Pedro deveria perdoar quem pecasse contra ele? Jesus respondeu que Pedro deveria perdoar seu irmão “até setenta vezes sete.” (Mat 18:21-22). Na prática o que isso significa é que não há limite para o perdão.

Quem tem maior misericórdia, Deus, ou os homens? Jesus mandaria Pedro perdoar tantas vezes se Ele não perdoaria também?

Quantas vezes Jesus perdoa? - Quantas vezes você se arrepender.

Tem algum número mágico, 10 vezes, 50 vezes, 100 vezes caindo no mesmo pecado que Jesus não perdoa mais? Não há limite.

Quem determina quantas vezes Jesus perdoa? Você.

Porque quantas vezes você se arrepender, quantas vezes você se levantar, Jesus lhe perdoa.

Como se levantar

Como nós podemos nos levantar?

De onde vem a força? A força vem de Jesus.

Isso não nos dá motivos para conhecer melhor este maravilhoso Salvador? Pois, é isso mesmo que Deus quer. Porque quanto melhor O conhecemos, melhor Ele pode nos ajudar. Quanto mais próximo ficamos a Jesus mais ainda teremos sua força para nos levantar de novo e continuar caminhando para Ele. Graças à graça de Deus. E, graças a Jesus Cristo, nosso misericordioso Salvador. Que Deus lhe dê forças para sempre se levantar, cada vez que cair. Creia nEle, confie nEle e saiba que a força para se levantar também vem dEle. Por que? Porque Ele lhe ama tanto. Que Deus lhe ajude a conhecer cada vez mais esse grande amor de Jesus.

CONVICÇÃO E SEDUÇÃO

“... aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé”. Hebreus 10.22

Alguma propaganda na televisão já seduziu você? Quer dizer, fez você comprar o produto anunciado?

Você já se arrependeu por ter acreditado nas bonitas palavras de uma pessoa?

Nesses casos, é importante você saber a diferença entre convencer e seduzir.

A sedução é a arte de fazer você aceitar uma mentira como uma verdade. A sedução se apresenta como um bem, uma vantagem, um prazer ou uma grande oportunidade.

Jesus disse o seguinte a respeito do inventor da sedução:

“Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44).

A convicção é diferente. Ele é resultado do trabalho de fazer você entender a verdade.

A verdade convence e não traz frustração.

É o Espírito Santo quem convence as pessoas do pecado, e também do que Deus fez por nós.

Deus também nos convence da nossa responsabilidade de responder ao Seu chamado para nos conduzir a Jesus.

Deus convence, o maligno seduz.

A convicção de Deus conduz ao caminho verdadeiro.

A convicção divina faz você entender que a salvação principia por uma importante porta estreita e um caminho apertado.

Por isso poucos passam por ela!

A sedução desvia, engana, frustra e conduz a um fim amargo e trágico.

O objetivo de Deus ao convencê-lo da salvação em Jesus é para dar-lhe a Vida Eterna.

Não se deixe seduzir por religiões alternativas, creia somente em Jesus.

FAMÍLIA - UM BEM INEGOCIÁVEL

A família é a mais antiga instituição criada por Deus, Gênesis 1.26-28; 2.18-25. É, também, a base de todas as demais instituições que compõem a sociedade humana (Igreja, escolas, hospitais, empresas, quartéis, etc.). Não é à toa que ela seja alvo dos mais terríveis ataques satânicos, desde a sua origem.

Por não valorizar este grande patrimônio, que é a família, há quem a inclua em suas negociatas políticas, financeiras e até espirituais. Nesta breve reflexão bíblica, a partir da observação de algumas alianças, veremos as terríveis conseqüências às famílias daqueles que “entregam” inescrupulosamente esse patrimônio; e ainda, veremos como restaurar, através de uma aliança com Deus, essa instituição que deve ser o primeiro e mais importante reduto da reserva moral e espiritual da sociedade humana.







ALIANÇAS NEFASTAS GERANDO A DESTRUIÇÃO DE UMA FAMÍLIA

“Então, disse a Josafá: Irás tu comigo à peleja a Ramote Gileade? E disse Josafá ao rei de Israel: Serei como tu és, e o meu povo com o teu povo, e os meus cavalos com os teus cavalos”. (1Rs 22.4)

Depois do reinado de Salomão a nação judaica dividiu-se em dois reinos: o do Norte, com capital em Samaria e conhecido como Reino de Israel; e o do Sul, com capital em Jerusalém e conhecido como Reino de Judá. Embora tivessem a mesma origem, um antagonismo espiritual se estabeleceu entre eles no que diz respeito ao governo de ambos. Todos os reis do Reino de Israel foram ímpios, enquanto que no Reino de Judá surgiram algumas ilhas de moralidade e temor a Deus (Asa, Josafá, Uzias, Jotão, Ezequias, Josias...) que levaram o povo ao quebrantamento diante do Todo-Poderoso.

Acabe liderava o Reino do Norte enquanto Josafá governava o Reino do Sul. Acabe era extremamente ímpio e, como se não bastasse, tinha por mulher a tenebrosa Jezabel. Por outro lado, Josafá era um bom rei e temente ao Senhor 2Crônicas 17.1-19; contudo, tinha uma fraqueza terrível – seu caráter era vacilante quando se tratava de alianças. Ele não “peneirava” as suas amizades. Por conta disto, duas vezes foi advertido pelo Senhor. Na primeira o profeta Jeú, após a fatídica aliança do texto acima, lhe disse: “Devias tu ajudar ao ímpio e amar aqueles que ao Senhor aborrecem? Por isso, virá sobre ti grande ira da parte do Senhor” 2Crônicas 19.2. Na segunda, após aliar-se com Acazias, filho de Acabe, Deus usou Eliezer para repreendê-lo, dizendo: “Visto que te aliaste com Acazias, o Senhor despedaçou as tuas obras...” 2 Crônicas 20.37.

O texto transcrito na abertura deste tópico relata a aliança firmada entre Acabe e Josafá. Observe que essa aliança envolvia cooperação política, no campo bélico, entre os dois Reinos contra os sírios em Ramote-Gileade, 1Reis 22.1-3. Esse acordo revelou-se trágico: Os reis perderam a batalha e Acabe foi morto, como previra o profeta Micaías, 1Reis 22.17-28.

Note, também, que essa aliança não fora firmada no campo espiritual, mas como diz o adágio popular “quem mistura-se com porcos farelo come”, tal aconteceu pois, apesar da tragédia dessa cooperação política e bélica, piores foram os desdobramentos que se verificaram nos campos moral e espiritual para a família de Josafá. Isto porque ele envolveu-se tanto com Acabe que seus filhos aprenderam o caminho da impiedade.

O texto sagrado nos revela que Jeorão, filho de Josafá, o substituiu no trono após a morte de seu pai. Sua primeira providência, depois da consolidação do Reino em suas mãos, foi assassinar todos os seus irmãos, porque ele “andou nos caminhos dos reis de Israel, como fazia a casa de Acabe; porque tinha a filha de Acabe por mulher e fazia o que era mau aos olhos do Senhor”, 2 Crônicas 21.6. Na verdade, ele assim agiu porque não queria concorrentes ao trono. Mais tarde, quando morreu, “foi-se sem deixar de si saudades”, 2 Crônicas 21.20.

Acazias, filho de Jeorão, portanto neto de Josafá, ao suceder seu pai no trono, “também andou nos caminhos da casa de Acabe, porque sua mãe era sua conselheira, para proceder impiamente” 2Crônicas 22.3. Quando, mais tarde, Acazias foi executado por Jeú, 2Crônicas 22.8, sua mãe – Atália “levantou-se e destruiu toda a semente da casa real de Judá”, 2 Crônicas 22.10. Note bem, ela matou seus netos, portanto bisnetos de Josafá; isto porque ela queria o trono e não aceitava a concorrência com seus próprios netos. Que tragédia!

Onde essa história de chacinas, dentro de uma família, iniciou-se? Resposta: Na nefasta aliança entre Josafá e Acabe. O que Josafá certamente não sabia era que, com aquela aliança política, ele estava comprometendo o futuro moral, espiritual e eterno de sua família e das gerações que dele descenderiam (filhos, netos e bisnetos), que foram assassinados.

Vimos, então, as trágicas conseqüências verificadas numa família cujo patriarca assumiu alianças humanas e políticas, com funestos resultados nas áreas moral, espiritual e de peso eterno para seus descendentes imediatos. Vejamos, agora, a faceta da aliança eterna firmada por Deus com os descendentes do rei Davi, donde descenderia o Messias de Israel e Salvador de toda a humanidade.

OS BENEFÍCIOS DA ALIANÇA QUE A FAMÍLIA ASSUME COM DEUS

“Sucedeu, pois, nos dias de Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca,... rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem contra ela... E deram aviso à casa de Davi, dizendo: A Síria fez aliança com Efraim... Então, disse o Senhor... Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições fumegantes... Isto não subsistirá, nem tão pouco acontecerá”. (Is 7.2-7)

Como sabemos, algumas das alianças firmadas com Deus são condicionais enquanto outras são incondicionais. A aliança humana firmada entre Josafá e Acabe, teve o peso das tragédias registradas no Texto Sagrado; contudo, o desastre daquela aliança humana não abalou a aliança incondicional antes estabelecida entre Deus e Davi, 2 Sm 7.12-16, na qual o Senhor afiançara ao rei de Israel que Ele lhe faria casa, ou seja, uma dinastia, uma linhagem donde viria o Messias; e mais, que seu trono seria firme para sempre.

A partir dessa verdade bíblica é que entendemos que, apesar dos erros crassos cometidos pelo rei Josafá com suas alianças desastrosas, o Senhor Deus manteve sua parte do acordo e, da descendência de Josafá levantou seu bisneto Joás (que reinou bem durante a tutela do sacerdote Joiada), seguido de Amazias (que reinou com relativo temor de Deus), seguido de Uzias (que também governou no temor do Senhor), seguido de Jotão (que liderou com prudência), seguido de Acaz, que foi um péssimo rei, “porque andou nos caminhos dos reis de Israel e até a seu filho fez passar pelo fogo, segundo as abominações dos gentios”, 2Reis 16.3.

Interessante notarmos que, no texto de abertura deste tópico, apesar dos desvios espirituais do rei Acaz, Deus posicionou-se contra os reis da Síria e do Reino de Efraim (outro nome dado à coletividade das dez tribos do Reino do Norte – confira isto em Isaías 7.2,5,9,17; 9.9; 17.3; Oséias 4.17; 9.3-17; etc.) que haviam se arregimentado contra Judá.

Foi nesse contexto que o Senhor Deus, usando o profeta Isaías e seu filho Sear-Jasube, Isaías 7.3, empenhou sua Palavra de que enviaria o livramento para o Reino do Sul e, referindo-se àqueles dois reis como “pedaços de tições fumegantes”, afirmou que o intento deles não subsistiria. Para tanto deu um sinal, através do profeta Isaías: “Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será seu nome Emanuel”, Isaías 7.14. Esse sinal tinha duplo cumprimento: Um imediato, para aquela ocasião, através do qual uma virgem casar-se-ia, teria um filho e antes que esse filho chegasse à idade da razão, os dois reis invasores seriam destruídos, Isaías 7.16. Outro cumprimento é bem conhecido pela posteridade cristã. Uma virgem (virgem mesmo, uma jovem que não tivesse qualquer intimidade sexual com homem) conceberia e daria à humanidade nosso amado Emanuel, Deus conosco, nosso meigo Salvador e Senhor Jesus Cristo. O evangelista Mateus ratifica essa profecia de Isaías, Mateus 1.20-25.

Por que esse livramento divino, apesar dos pecados de Acaz? Resposta: Porque Deus vela por sua Palavra. Porque sua Palavra estava empenhada no surgimento do Messias a partir da descendência de Davi. Porque o cumprimento dos eternos propósitos divinos independem da ação humana, embora às vezes Ele nos queira fazer participantes desses propósitos, com planos específicos para nossas vidas, o que nos traz alegria e profunda satisfação.

Então, alguém perguntaria, Acaz foi poupado por causa da aliança divina com Davi? Resposta: NÃO. Pessoalmente Acaz foi responsabilizado por seus pecados, e o texto sagrado afirma que ao morrer “o sepultaram na cidade em Jerusalém, porém não o puseram nos sepulcros dos reis de Israel...” 2 Crônicas 28.27 (grifo meu). Contudo, a maldade de Acaz não impediu o cumprimento da aliança divina; assim como as erradas alianças humanas de seu ancestral Josafá também não impediram o cumprimento da aliança davídica e a vinda do Messias – nosso bendito Salvador Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

Do exposto, chamo a atenção dos pais para o seguinte fato. Apesar das alianças erradas que já tenham estabelecido (com quaisquer pessoas ou espíritos), e delas tenham trazido problemas e maldições para suas famílias; esses efeitos podem ser anulados pelo poder da Cruz de Cristo. Ao valerem-se da aliança com Deus estarão assegurando a salvação e a felicidade eterna de suas famílias porque “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam”, Atos 17.30. Ou seja, os benefícios da eterna aliança com Deus, realizada no calvário, estão disponibilizados para vocês e para suas famílias.

Entretanto, devo alertá-los que incondicional foi a aliança que trouxe o Messias para a salvação da humanidade; já a aliança da Cruz é condicional, isto é, ela só terá valor para vocês e trará benefícios para suas famílias se vocês aceitarem-na. Portanto, creiam no Senhor Jesus e sejam salvos vocês e suas casas. Deus vos abençoe!

A GLOBALIZAÇÃO DOS JUIZOS DE DEUS

Pb. José Gildásio

Foi-se o tempo das grandes navegações, dos cavaleiros, dos tropeiros, das carruagens e dos caminhantes, quando pensavam que o mundo fosse um tabuleiro quadrado e o abismo estivesse logo ali. Hoje vivemos a era da internet, das viagens espaciais, dos aviões supersônicos, da União Européia, Mercosul, Comecom, Nafta, Pacto Andino e Apec. Tempos da globalização das idéias, da cultura, da ciência, das crenças, do ateísmo, da rebelião do homem contra Deus, da orgia, da banalização da família, da violência, da corrupção, da impunidade, dos destruidores da natureza, da teologia liberal com seus textos fora de contexto usados como subterfúgio filosófico na defesa de práticas anti-cristãs, tempos dos direitos humanos em detrimento dos humanos direitos preestabelecidos por Deus, tempos do amordaçamento dos arautos do evangelho através da unificação dos legisladores fraudulentos que afim de agradar a uma sociedade profana, aprovam leis humanistas que contradizem aos estatutos divinos, atraindo as catástrofes que assolam toda a terra.

Bem profetizou Isaias: “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquece os mais altos do povo da terra. Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna. E será que aquele que fugir da voz do temor cairá na cova, e o que subir da cova, o laço o prenderá; porque as janelas do alto se abriram, e os fundamentos da terra tremem.( Isaias 24.4-5,18 - Bíblia Sagrada Edição Missionária - Edição 1995 Revista e Corrigida da SBB).

Já contemplamos o Deus dos Céus globalizando seus juízos, e não há quem possa livrar essa geração, dos furacões, dos terremotos, dos tufões, dos tisunames, das secas, das inundações, dos maremotos, dos vulcões, das pestes, das epidemias, das pandemias e por fim do lago de fogo.

A única saída que a humanidade tem é submeter-se a uma conversão verdadeira, como fez Zaqueu o publicano ao encontrar Jesus, associada a um arrependimento sincero como arrependeram os moradores da grande cidade de Nínive ao ouvir a mensagem pregada por Jonas. Pelo Contrário, sofrerá o juízo divino tal como aconteceu com Sodoma e Gomorra. E ai não há pequeno nem grande, não há escravo nem livre, não há rico nem pobre, não há distinção de raça ou cor da pele, como diz um dito popular: “Pau que bate em Chico, bate em Francisco bate em qualquer um”.PorqueDeus não faz acepção de pessoas e não pode ser subornado.

UMA VISÃO CRISTÃ DOS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO

C.P.A.D. - Marcos Tuler

No final do século passado, pesquisadores de diversas partes do mundo reuniram-se a fim de traçar um eixo condutor para a educação do século XXI. Após muitas pesquisas concluíram o trabalho sintetizando-o num famoso relatório intitulado “Os Quatro Pilares da Educação”. Em síntese, aqueles especialistas concluíram que para agir eficazmente o aluno do nosso tempo deve exibir certas competências imprescindíveis ao desenvolvimento do ser humano: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Qual a importância dessas aprendizagens para os alunos da escola dominical? Quais dessas competências podem ser observadas na prática de ensino de nossos professores? Como adaptá-las à realidade do ensino bíblico ministrado em nossas classes? Os resultados são práticos e realistas? Esses quatro pilares podem ser trabalhados com todas as faixas de idade? Vejamos:

APRENDER A CONHECER

O aluno aprende a conhecer quando adquire as competências necessárias à compreensão. Aprender a conhecer é o mesmo que aprender a aprender: o aluno não apenas recebe passivamente o conhecimento do professor, mas, com o auxílio deste, adquire o domínio dos instrumentos de recepção do conhecimento. Isto é, o aluno constrói o conhecimento enquanto o professor libera a capacidade de auto-aprendizagem do aluno. Isso confirma o que ensinou o teólogo e educador Kierkegaard, o educando, com a ajuda do educador, “adquire a consciência real do que ele sabe, do que ele não sabe e do que ele pode ou não pode saber”.

Nesse contexto, a aprendizagem acontece por meio da conduta ativa do aluno, que aprende quando faz alguma coisa e não simplesmente por ver o professor fazendo.

Aprender a conhecer é uma expressão de ordem que dá um basta à aprendizagem de saberes de pouca ou nenhuma utilidade. O aluno somente aprende quando o conteúdo de ensino faz parte do seu foco de interesse, necessidade e expectativas. Em vez da simples transmissão de conteúdos, o que passa a imperar são as habilidades para se construir conhecimentos. Valoriza-se o exercício do pensamento e a seleção das informações que possam ser, efetivamente, contextualizadas com a realidade. Conforme ensina o educador César Romão, “Mais vale o que se aprende do que aquilo que se ensina”.

APRENDER A FAZER

Embora quem aprenda a conhecer já esteja aprendendo a fazer, esta segunda competência enfatiza a questão do preparo para as coisas práticas da vida. A educação, em termos gerais, é um “processo de vida” e não uma “preparação para o futuro”. Os alunos desejam que seus problemas sejam solucionados aqui, e agora. Por isso, precisam ser estimulados à criatividade a fim de descobrirem o valor construtivo do trabalho realizado em sala de aula. Na esfera da educação cristã, é preciso ressaltar a importância de se praticar os conhecimentos bíblicos aprendidos na escola dominical. Os ensinos da Bíblia têm de sair do campo teórico, visto que está carregado de realidade e senso prático. Conforme asseverou-nos o apóstolo Paulo, “Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto as minhas palavras como as minhas ações” (Fp 4.9).

APRENDER A CONVIVER

“O gráfico da competência tem duas diretrizes: a pessoa que sabe fazer e a que sabe se relacionar”.

Clarice Leal
Faz parte da educação, aprender a lidar com pessoas diferentes, tratar de assuntos relevantes, não falar mal dos outros, não usar a força para resolver conflitos, demonstrar gentileza e sinceridade no tratamento com os colegas e professores. É justamente na escola que os alunos aprendem as regras básicas de convivência em sociedade. O que cada professor precisa fazer é abrir espaço a fim de que eles aprendam a conviver, se conheçam e se respeitem.

Há alunos que possuem sérias carências sociais e afetivas, dificuldade de relacionamento e uma necessidade enorme de cultivar amizades sinceras. Os mestres precisam propiciar-lhes, urgentemente, um clima de amor e amizade.

No âmbito da educação cristã é essencial que os professores tenham coragem de desvestir a escola dominical de sua fisionomia de “lugar para ocupar as manhãs de domingo” para transformá-la em verdadeiro centro de convivência e comunhão cristã. Precisamos de um espaço estimulador de projetos participativos, cooperativos, identificados pela busca de objetivos comuns. A Bíblia nos informa que nos primórdios da Igreja cristã “Todos os que criam estavam juntos” (At 2.44). Toda a comunidade crescia em graça e conhecimento em função de permanecerem reunidos em torno das Escrituras Sagradas.

Não é suficiente o contato que os professores têm com seus alunos durante a aula na Escola Dominical. O educador cristão precisa oferecer um meio-ambiente favorável para um inter-relacionamento onde haja plena compreensão e possam compartilhar idéias, aspirações e verdades aprendidas na Palavra de Deus.

APRENDER A SER

A educação secular ensina que todo ser humano deve ser preparado inteiramente – espírito, alma, corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético e responsabilidade moral, ética e espiritual. Os jovens precisam aprender a elaborar pensamentos autônomos, críticos, e formular os próprios juízos de valores, para decidirem por si mesmos, como agir em diferentes circunstâncias da vida.

A educação cristã vai além das raias da simples valorização do ente. A Palavra de Deus nos instrui que não devemos pensar apenas em nós mesmos, no que somos, julgamos ou podemos ser. Temos de pensar na valorização do outro – no ser do outro. Não há como ser sem o outro. Todavia, para valorizarmos o outro é necessário nos valorizarmos a nós mesmos. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39).

Outra coisa importante é que o cristão nunca deixa de aprender a ser. Ele está sempre crescendo nesse sentido, porque a aprendizagem da fé está no fato de o crente ser e saber ser uma pessoa em constante busca de seu aperfeiçoamento moral, ético e espiritual.

CONCLUSÃO

Com base nos quatro pilares da educação, compreendemos que profundas mudanças precisam ocorrer, tanto no sistema de ensino secular quanto no cristão.

Pode levar algum tempo para aceitarmos que só se aprende participando, vivenciando, tomando atitudes diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos. Não se ensina só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada. Não foi por esse mesmo princípio que Jesus ensinou o caminho da salvação à mulher samaritana?

COM PRETENSA BASE BÍBLICA, ATAQUES À FÉ PENTECOSTAL

REVELAM TENTATIVA DE DESACREDITAR OS DONS ESPIRITUAIS



Depois de assistir a parte de um programa bizarro, por sua afronta aos que recebem o batismo no Espírito Santo e ação dos dons espirituais, não pude deixar de apresentar esta defesa da fé cristã.

É aviltante, mas tais ações não podem ficar sem resposta, embora tudo isso poderia se evitar, não fosse a presença de pessoas, que nem mesmo precisariam espirituais, porém um pouco mais inteligentes e tementes ao Senhor.

A exposição do programa de televisão, que se prestou a essa defesa infantil – para não dizer menina, como classificaria o apóstolo Paulo –, por seus argumentos, demonstrou mesquinharia e mediocridade. Para que outros não entrem pela mesma toleima desses insolentes, tomo a oportunidade de refutar e apresentar apologia da fé cristã.

Tomo a resposta que produzi, para responder a um artigo de cunho cessacionista, e insiro 14 itens, para refutar a idéia de que o batismo no Espírito Santo e os dons espirituais foram somente para o tempo dos apóstolos.

Desta vez, os sujeitos, sem nenhuma base bíblica convincente, ou que poderia nortear suas farsas com bases nos textos originais. Para estes opositores se mostram do “o outro lado” à Palavra (Satã no hebraico (demônio) tem a raiz no verbo impedir, bloquear. Na tradução judaica Satã é “outro lado”), falar em línguas não passa da tradução da mensagem de uma determinada língua para outra, sem nenhuma intervenção do Espírito Santo, senão pelo aprendizado repentino da língua desconhecida em sua cultura (sic).

Imaginem quantas pessoas não se convertiam ao Evangelho somente para que pudessem aprender outras línguas? Quem sabe, já que crêem assim, eles não experimentassem montar escolas de aprendizado de línguas, se é tão simples assim, não é mesmo?!

Estes mesmos homens seriam como Simão, o Mágico que queriam, à moda desses “ensinadores televisivos” tomar o poder de Deus como simples variação humana e que, portanto, poderia negociá-lo.

AOS FATOS E AO TEXTO BÍBLICO

A Bíblia afirma que o derramar do Espírito foi para o tempo dos apóstolos e para o futuro: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar", Atos 2.39.

1) Os presentes (vós);

2) a vossos filhos (geração seguinte);

3) e a todos os que estão longe (gerações subseqüentes e distantes indicadas no imperativo do Senhor: “até os confins da terra”). Esta deve ser a interpretação do texto, pois a seqüência da idéia e da mensagem, diz isto.

Ora, na profecia de Joel, que trata do ocorrido citado por Pedro temos a idéia de abrangência mundial e não somente local, como sugere o irado crítico:

4) “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne...” (v17), “e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (v21);

5) O que se entende por “toda a carne”?, senão além dos judeus!;

6) Esse tipo de crítica irresponsável e agressiva é próprio de neófito, conforme ocorreu no Dia de Pentecostes. Enquanto alguns se maravilhavam (Atos 2.12), “...outros, zombavam” (v13);

7) “Nos últimos dias” (v17), não quer dizer em um único tempo. O texto está no plural e projetando o futuro. “últimos dias” fala em tempo do fim, que o próprio crítico cita, referindo-se a 1Timóteo 4.1, porém, torcendo-o, na tentativa humana e pessoal de justificar sua infundada tese: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos”;

8) O mesmo texto segue e fala em apostasia, caracterizada na idéia expressa desses homens. Apostasia é a “Separação ou deserção do corpo constituído (de uma instituição, de um partido, de uma corporação) ao qual se pertencia; Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã” (Aurélio);

9) Na seqüência, temos ainda a manifestação ministerial em Timóteo, ocorrida “à moda” pentecostal-tradicional, conforme diz o apóstolo Paulo, senão vejamos: “Não despreze o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério”, v14-15. O apóstolo Pedro volta ao tema ao tecer comentário da revelação salvação “no último tempo” (1Pedro 1.5);

10) Veja que dom (dom ministerial) fora revelado por profecia pelo Espírito Santo à igreja. Aqui não há nada de tradução de língua como tentar distorcer.

11) “naqueles dias” não se refere, com certeza (somente) ao “Dia” de Pentecostes, obviamente;

12) Ainda Atos 2.39, complementa: “Porque a promessa vos diz respeito s vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”;

13) No Dia do Pentecostes estavam em Jerusalém, não somente judeus, mas “judeus” e “varões religiosos, de todas as nações” (2.5), inclusive “forasteiros romanos”, v10. Deles, depois da indagação que deu origem ao texto acima (“a todos quantos o Senhor... chamar”), cerca de 3 mil pessoas receberam Jesus e passaram a formar a Igreja do Senhor (v41). Portanto, não somente judeus;

14) Os que não aceitaram o plano divino e até zombavam, foram nomeados de “geração perversa” (v40);

15)O batismo no Espírito Santo sempre esteve presente na história da Igreja, como indicam experiências de homens que marcaram época pela ação do Espírito divino em suas vidas. Consulte encarte publicado na revista Ensinador Cristão, nº 27, jul-set/06, e Manual do Obreiro, nº 33, página 14, jan-mar/06, (Jorge Andrade). Nelas são mostradas as diferentes épocas, desde a Igreja Primitiva, e as experiências registradas em cada uma delas (de homens consagrados ao Senhor e reconhecidos pela História, que falaram em línguas estranhas);

16) Por fim, tomamos o conselho do apóstolo João, já velho e, portanto, não no começo da igreja, mas quando ela já estava bem presente no meio dos não-judeus, entre 85-95dC, diz o seguinte: “Amados, não creiais em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1João 4.1). O texto prova que havia manifestação espiritual na igreja, por meio dos dons, inclusive com profecias.

17)Como tais pessoas, outras se levantaram, instigadas pelo Diabo, para tentar impedir que a Palavra do Senhor se cumpra entre os homens. Agem com equívoco de avaliação e jogam a banheira com a criança junto, a exemplo do que fez Herodes que, ao tentar matar Jesus, ordenou a aniquilação de todas as crianças com até 2 anos de idade, em Belém.

CÉTICOS, MAS NEM TANTO

Até mesmo os católicos romanos, tido como mais céticos, fazem o seguinte comentário: “A promessa do Espírito Santo foi feita ‘a vós... e aos vossos filhos’ (At 2.39), isto é, aos judeus de todo o mundo reunidos para a festa e às gerações futuras. ‘A todos os que estão longe, quantos o Senhor Deus chamar’ (2.39) anuncia a pregação aos pagãos mais tarde nos Atos. Os ouvintes devem salvar-se ‘desta geração transviada’ (2.40)”. 1

NÃO VÁ ALÉM (NEM FIQUE AQUÉM)

Podemos igualmente visitar Gálatas 1.8-9, livro que reflete a apologia de Paulo aos hereges da época: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro Evangelho que vá além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”.

Afinal não vamos além, e ainda não ficamos aquém. Pregamos o que está na Bíblia sem o equívoco de interpretação a partir de uma idéia sem nenhum fundamento exegético. A interpretação que corresponde à exegese bíblica, enquanto a visão distorcida do batismo no Espírito Santo tem o peso da antecipação crítica com o intuito de justificar o injustificável.

Por outro lado, o testemunho (resultado da ação da fé desde a salvação à ação do Espírito na operação de maravilhas) é a identidade mais forte entre pentecostais. Esse é o principal entrave para esses tais, não só na questão do falar novas línguas, mas tudo o que diz respeito aos dons espirituais, conforme é citado no texto: “Porque andamos por fé e não por vista”, 2Coríntios 5.7.

A fé serve justamente para que o impossível (à visão e mente humanas) torne-se real. Aí reside a principal dificuldade – crer no impossível: cura divina, expulsão de demônios e toda e qualquer manifestação de maravilhas.

Os sinais, em especial os operados pela manifestação dos dons espirituais ainda permanecem como meio poderoso que acaba por afugentar a frieza espiritual, conforme as Sagradas Letras preconizam: “Não havendo profecia, o povo se corrompe” (Provérbios 29.18). Segundo comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), “Profecia’ neste versículo traduz a palavra hebraica hazon (literalmente: ‘visão’, e também ‘revelação’”).

A audácia desses homens incautos, completa na blasfêmia quando afirmam que “milagres da nossa época, se referem à atuação de espíritos enganadores”. Ora, os fariseus demonstravam esse mesmo ‘zelo religioso’ e acusaram Jesus por motivo idêntico (Lucas 11.14-28). A ação do Espírito (‘o dedo de Deus’ cf v20), com expulsão de demônios por Jesus, fora nomeada pelos fariseus como algo efetivado em conluio com o próprio demônio (“Belzubu, príncipe dos demônios”, v15). Opositores do Senhor se fazem diabos, pois diabo significa opositor.

DONS EM CORINTO

Essa idéia equivocada, pobre, rasteira e atroz da manifestação do Espírito Santo não é a mesma que o apóstolo Paulo ensina em 1Coríntios 12, ao falar dos dons espirituais e sua diversidade, visto que havia grande e notável manifestação entre os coríntios. Era uma igreja gentílica cheia de manifestação de dons do Espírito Santo, em que as pessoas falavam de forma desordenada, conforme eles acusam as igrejas pentecostais. Paulo diz (o que serve a eles): “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”.

Tanto que os coríntios (gentios) receberam todos os dons e deram trabalho a Paulo justamente porque sua fé ainda misturava-se com crença remanescente de deuses que antes serviam. Eles passaram a enfatizar mais os dons que as virtudes espirituais.

Os dons espirituais, a exemplo do batismo no Espírito Santo, atravessaram épocas, acompanharam a História da Igreja, conforme relatos, que só mesmo esse homem não teve acesso, embora público. “As comunidades cristãs do século 1 tinham de regularizar as profecias (...). Elas faziam parte da vida comum da igreja primitiva e se estenderam pelos séculos subseqüentes (veja Didaquê, Pastor de Hermas, Inácio, Irineu, Tertuliano, Montano e Cipriano)”. 2

AS EPÍSTOLAS PASTORAIS PRESERVAM O ESPÍRITO

Como pode ser o ensino sobre o batismo no Espírito Santo anti-bíblico se ele está explicito na própria Bíblia. Paulo escreve bem depois da morte do Senhor, como em 1Coríntios (por volta de 57) e Atos por volta de 63, quando a igreja já estava dentre os gentios (Paulo é considerado apóstolo dos gentios), sobre o batismo no Espírito Santo, como sinal da graça do Senhor (os dons são carismáticos). Nos dois livros temos batismo no Espírito Santo e o incentivo para que o crente o busque.

Essas mentes não reconhecem o batismo no Espírito Santo bíblico, porque, como diz a Palavra: “Aos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos”, 2Coríntios 4.4.

Sua dificuldade de crença e fé limita a ação divina aos muros da capacidade de suas mentes humanas, carnais e limitadas. A Bíblia do falar em línguas e da interpretação, que é outro dom, outorgado pelo Espírito, pois são dons distintos, conforme 1Coríntios 15.

Quando o crente é cheio do Espírito Santo transbordar, conforme ensina Jesus ao falar na Festa em Jerusalém: “Quem crê em mim, como diz a Escritura (e não como os homens tentam dizer) rios d’águas vivas correrão do seu ventre”, Jo 7.38 (O grifo e o parêntese são meus).

Como é ver um rio com água vivificada? Vamos imaginar. Será que tem movimento, barulho, quando rola a água em suas pedras; indica vida, testemunhada visivelmente, como autêntica renovação? Ou indica algo parado, invisível, morto? Não seria algo transbordante, que jorra para fora?

A Bíblia segue ensinando: “E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado”, João 7.38-39.

Ainda do mesmo Espírito, o Consolador (o Outro da mesma espécie), conforme João 15.26-27, a Bíblia diz que Ele “falará”, com ações semelhantes ao do Senhor, daí a sua vinda, como pessoa da Trindade (João 16.13-14). Estas mesmas idéias se assemelham às das Testemunhas de Jeová, que afirmam ser o Espírito Santo um fluído somente?

Pedro fala dos últimos tempos e apresenta falsos doutores: “Mas estes como animais irracionais... blasfemando do que não entendem... Estes são fontes sem água... (secos), porque falando coisas mui arrogantes” (2Pedro 2.12,18).

Em Corinto estavam presentes “todos os dons” e não somente um de intérprete de língua natural, como tenta acreditar tais pessoas. E mais, Paulo afirma que os que falavam somente línguas estranhas – mistério com Deus – sem o dom de interpretação dessas mesmas línguas, edificavam a si próprios. Como poderia ser uma língua natural, e a pessoa não saber o que estava falando, não interpretar como tentam dizer, e se edificar?

Embora tentem criar obstáculos a Bíblia diz? “Não extingais o Espírito”, 1Tessalonicenses 5.19, ou seja, não apague, não limite, não inutilize o Espírito. Extinguir é da mesma raiz da palavra extintor, equipamento usado para apagar fogo. O fogo deve arder continuamente no altar e não se apagar (cf Levitico 6.13), assim como ocorrera com os dois discípulos a caminho de Emaus, pela presença de Jesus entre eles (Lucas 24.32).

Arder é “Consumir-se em chamas; queimar-se; Consumir-se como que em chamas; Estar como que em chamas, em brasa; Estar aceso; Produzir sensação de ardor; queimar, abrasar” (Aurélio).

Por favor, leia e examine a Bíblia (“Porventura, não errais em razão de não saberdes as Escrituras nem o poder de Deus?, Marcos 12.24”), para que o Senhor “possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza”, Hebreus 5.2.

Que o Senhor tenha misericórdia dos seguidores dessa heresia, para que seus olhos se abram.



Por Antônio Mesquita